ANUNCIE AQUI
A mãe e o padrasto de uma adolescente de 16 anos foram presos em Goiânia neste sábado (22), suspeitos de torturar e manter a jovem trancada por dois anos. A vítima fugiu de casa de madrugada e conseguiu pedir ajuda aos vizinhos.
O pai declarou que tentava falar com a filha, mas não tinha sucesso. “Eu não conseguia falar com a mãe, mas ela falou: ‘Não, ela tá bem, tá vivendo’. Mas nunca deixou eu ter contato com ela. Aí, pela situação em que a minha filha ficou, vi que ela estava sendo mantida em cárcere privado, presa, dormindo no chão”, disse.
Ele ainda afirmou que está horrorizado com
A mãe e o padrasto de uma adolescente de 16 anos foram presos neste sábado (22) suspeitos de torturar e manter a jovem trancada no fundo de casa por dois anos, no Setor Leste Vila Nova, em Goiânia. A vítima conseguiu fugir durante a madrugada e pediu ajuda aos vizinhos, que entraram em contato com o pai.
A adolescente e a mãe são de Novo Gama. Elas se mudaram para a capital há dois anos, após a separação do casal. Desde então, viviam na casa do padrasto, onde também morava outra mulher que participava das agressões. Após ser informado pelos vizinhos, o pai viajou para Goiânia e chamou a polícia. Ele afirmou que a ex-esposa nunca mais retornou com a filha, apesar de prometer manter contato após a mudança.
a situação e apontou que a filha era privada de comida e de ir à escola: “Não deixava a menina estudar, não saía nem pra fora. Eu comprei uma coxinha pra ela mesmo. Disse que tem quase dois anos que ela não comia mais uma coxinha”.
A adolescente estava magra e debilitada quando foi resgatada. (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)De acordo com informações da TV Anhanguera, a adolescente era privada de convivência social e alimentação adequada. Além disso, ela apresentava ferimentos pelo corpo e estava muito magra. A Delegacia Estadual da Mulher (DEAM) informou ao g1 que os suspeitos estão detidos, mas não deu informações sobre a ocorrência, nem sobre o crime no qual o trio irá responder.
A Polícia Civil disse que o caso será investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). As investigações estão em andamento, mas prosseguirão sob sigilo até a conclusão do inquérito policial.
Continua depois da Publicidade
A adolescente foi atendida no Hospital Estadual da Mulher (HEMU), onde recebeu os primeiros cuidados médicos. Depois disso, ela passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) para avaliar as lesões sofridas e verificar se também houve violência sexual.
A conselheira tutelar Aline Pinheiro Braz dos Santos afirmou que a adolescente era constantemente punida por questões banais. “Eles criavam formas de punir. Simplesmente por não gostar da forma que ela fez alguma coisa. A punição talvez era não tomar banho, ficar a noite inteira de joelho. Ela ficava três dias ou mais sem se alimentar. Ela está bastante machucada das agressões que sofria”, disse.
Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques

há 2 dias
7








Portuguese (BR) ·