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A Vivo anunciou um novo passo em sua investida no setor de educação, dessa vez com foco direcionado para a segmento corporativo (B2B). A Vivae, joint-venture entre a operadora e a Ânima Educação que oferece cursos para carreiras digitais, será integrada à Ada, startup que atua com recrutamento e treinamento profissional.
Em comunicado, a Vivo destacou que a fusão dos negócios reforça a sua estratégia para o mercado de educação, gerando novas possibilidades de atuação no segmento corporativo. O valor da transação não foi revelado.
Segundo a empresa, a complementariedade das operações vai criar "uma edtech com amplo portfólio e forte base tecnológica". A proposta de união das empresas visa a oferecer "educação de precisão", incluindo oportunidades de crescimento profissional e treinamento pré e pós-contratação, ressaltou a tele.
As duas marcas serão mantidas. A principal frente de atuação da Ada seguirá sendo o B2B, segmento para o qual utiliza uma plataforma baseada em Inteligência Artificial (IA) para conectar profissionais e empresas. O sistema conta com mais de 400 mil usuários ativos e contempla uma IA generativa para avaliações, além de oferecer treinamentos para aumentar as perspectivas de empregabilidade.
A Vivae, por sua vez, continuará liderando as atividades no B2C, com a oferta de cursos para qualificação profissional, tanto de soft quanto de hard skills. Segundo a Vivo, entre outras sinergias, a fusão vai permitir que a Vivae incorpore a ferramenta de IA da Ada à sua plataforma.
"Um dos grandes desafios de empresas de todos os portes está no recrutamento e no desenvolvimento de talentos. Por isso, o segmento B2B representa uma grande oportunidade à qual já estávamos atentos. A combinação dos negócios de Vivae e Ada acelera esse plano", afirma Rodrigo Gruner, vice-presidente de Inovação e Novos Negócios da Vivo, em nota.
Reestruturação societária
Para realizar a operação, a Vivo transferiu a sua participação acionária na Vivae para o Vivo Ventures, fundo de Corporate Venture Capital (CVC) da operadora, cujo foco é investir em empresas em estágio de crescimento acelerado.
A transferência das ações ocorreu por meio de um aporte de R$ 17,37 milhões, de acordo com fato relevante divulgado na noite de segunda-feira, 6.
A Ada, vale lembrar, já recebeu investimento da Wayra, fundo de CVC da Vivo para startups em estágio inicial (early stage).
A conclusão do processo de combinação das empresas depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).