ANUNCIE AQUI
Vinicius Garcia
25 de out, 2025, 10:40
A brasileira Virna Jandiroba enfrenta Mackenzie Dern em luta válida pelo cinturão vago dos pesos penas no UFC 321, neste sábado (25). Antes sob a posse de Zhang Weili, o título da categoria ficou sem dona após a chinesa subir de divisão para enfrentar Valentina Shevchenko.
Virna vem em uma sequência de cinco vitórias. A última, inclusive, veio sobre Xiaonan Yan, chinese que desafiou pelo cinturão da categoria no UFC 300. Após o triunfo convincente, a brasileira mais do que se credenciou para disputar o título da categoria. Havia um único problema, porém: quem seria sua adversária?
Em entrevista exclusiva à ESPN, Jandiroba explicou como foram os bastidores de sua negociação com o UFC pela luta. Ao contrário do público, que só soube da movimentação de Weili quando a luta de Virna foi anunciada, a brasileira já estava esperando enfrentar outro nome.
Seguindo a lógica da divisão, inclusive, Virna foi capaz de “prever” que sua próxima adversária teria que ser uma só: Mackenzie Dern, compatriota e também especialista no grappling.
“Estávamos esperando, mas a gente já ouvia falar nos bastidores que a Weili já tinha dito que queria subir. E aí, eu tinha duas conjunturas, que seria ou a Mackenzie ou a Tatiana Suarez, que seriam as lutas que fariam sentido ali”, explica Jandiroba.
“Eu tinha acabado de lutar com a Yan e tinha lutado com a Amanda Lemos também. Então ali dentro daquele cenário, seria uma das duas. E como a Tatiana estava vindo também ali já de uma disputa de cinturão, eu achei mais provável que fosse a Mackenzie. Então, quando eles anunciaram, já era algo que eu esperava bastante".
Apesar de “prever” qual seria sua próxima luta, Virna admite que isso não tirou sua empolgação com o confronto. Com 37 anos, a brasileira finalmente alcança o cinturão após 11 confrontos na maior promoção de MMA do mundo.
Tão próxima do seu sonho, Virna admite que, em verdade, as emoções com o embate pelo cinturão já são antigas, com a convicção de um “title shot” já nascendo após sua última vitória.
“Cara, fiquei muito feliz. Mas vou te dizer, na verdade, isso é muito interessante, porque eu fui vivendo isso quando eu saí da luta com o Yan, porque ali eu sabia que não teria outra coisa a fazer senão disputar o cinturão”, relembra.
Outro fator que certamente adiciona um sabor a mais ao combate é o fato dele se tratar de uma revanche. Virna e Mackenzie se encontraram no octógono pela primeira vez em 2020, no UFC 256.
Nos cinco anos que separam os dois confrontos, ambas as lutadores mudaram muito. Virna, por exemplo, só viria a perder mais uma vez, para Amanda Ribas, antes de enfileirar sua sequência que à levou ao cinturão. Derrotada na primeira oportunidade, Jandiroba não sente pressão em ter que derrotar alguém que já a venceu.
“Eu acho que eu amadureci muito nesse intervalo de tempo, cinco anos. Inclusive a própria luta com a Mackenzie foi uma virada de chave. Enfim, eu aprendi bastante com as minhas derrotas”, explica Virna.
“Então eu acho que obviamente as pessoas veem que eu evoluí bastante tecnicamente, mas o que eu diria que é o ponto principal, é que eu amadureci bastante. Eu investi muito esse tempo no meu amadurecimento de forma geral e, consequentemente, isso se reflete dentro do octógono".
Grappler do mais alto escalão, Virna Jandiroba não disfarça a empolgação que seu confronto com uma campeã mundial de jiu-jitsu pode causar no público. Direta, ela promete não fugir da luta agarrada durante os cinco rounds previstos para o co-evento principal do UFC 321.
“Sem dúvidas, é um desafio. Quando a gente se encontrar ali no chão, eu acho que vai ser um presente para os fãs, sobretudo aqui em Abu Dhabi, que a galera valoriza muito o jiu-jitsu. Eu acho que aqui vai ser um grande confronto”, promete Jandiroba.
Caso a confiança de Virna dê frutos e se converta no cinturão, uma pergunta ainda precisa ser respondida: a baiana, que previu sua revanche, também será capaz de dizer qual será sua primeira desafiante como campeã? Isso, só o tempo dirá, mas Jandiroba já tem seu palpite.
“Ganhando o cinturão no sábado, eu fico à disposição do que o UFC vai definir. E o que eu imagino é que eles me deem a Tatiana Suarez, até pelo casamento também de estilos. A Yan eu acabei de lutar. A própria Amanda Lemos também que está ali. E a Loopy também eu já lutei”, explica Virna.
“A luta que faria mais sentido seria contra a Tatiana mesmo, até porque a gente não lutou em duas ocasiões. Na verdade, em uma ocasião que marcaram a nossa luta, eu acabei machucando o joelho, passando por uma cirurgia, e na outra, teve o casamento da luta, mas ela saiu para disputa do cinturão”, finaliza.

há 1 mês
9








Portuguese (BR) ·