Vero descarta interesse em ativos da Oi

há 1 dia 2
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O CEO da Vero, Fabiano Ferreira, declarou que a operadora não tem interesse em absorver contratos ou ativos da Oi – empresa que passa por intervenção judicial em curso para garantir manutenção de serviços essenciais. Segundo ele, o foco da Vero está na expansão de sua própria base, principalmente com serviços móveis e digitais, e não em herdar operações de voz ou serviços públicos.

“A gente tem um baixo interesse, para não dizer zero interesse sobre esse business. O mercado de voz é de muitas baixas margens e exige um grupo de interconexão bastante poderoso, que a gente não tem”, explicou, em entrevista ao Tele.Síntese, na Futurecom 2025.

Ferreira afirmou que a situação da Oi é “lamentável” para o país, setor e consumidores, e defendeu uma resposta responsável por parte de todos os envolvidos:

“A gente torce para que isso seja solucionado o mais rápido possível e da melhor maneira possível para todos os envolvidos, principalmente para os trabalhadores e para os clientes finais.”

Segundo o executivo, embora a Vero atue no segmento B2B, a prioridade estratégica não está voltada ao B2G (governo), como o atendimento telefônico de tridigitos:

“A gente vem trabalhando melhor as relações com o governo, mas não é algo que, olhando perspectivas estratégicas, a gente quer ser uma empresa mais e mais focada no B2G.”

Estratégia mescla redes próprias, neutras e MVNO

Atualmente presente em 425 cidades, a Vero soma 1,4 milhão de conexões. Ferreira destacou que a empresa continua expandindo redes nas cidades onde já está presente e tem acelerado a oferta de serviços móveis por meio de sua MVNO, com 250 mil chips ativos.

Além disso, a companhia utiliza redes neutras em cidades maiores, com cerca de 25 mil assinantes nesse modelo, e mantém um portfólio que inclui também serviços de vídeo, nuvem e hardware como serviço para o mercado corporativo.

Para o CEO, o futuro da empresa está ligado à diversificação digital, e não à aquisição de ativos tradicionais: “O negócio de telecom vai se confundir mais com TI e soluções baseadas em software. O poder de inovação e a inteligência artificial vão transformar o setor”, falou. Assista à entrevista na íntegra.

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