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(Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)
A XP Investimentos avaliou que a decisão da Vale (VALE3) de recomprar as debêntures participativas de sua 6ª emissão pode diminuir a probabilidade de pagamentos extraordinários de dividendos no curto prazo.
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Isso porque esses títulos não estão incluídos no conceito de dívida líquida expandida da companhia — cuja meta está entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões —, o que, segundo o banco, pode elevar o limite de alavancagem da mineradora em até US$ 3,1 bilhões caso a totalidade das debêntures seja adquirida ao preço proposto de R$ 42 por unidade.
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Apesar desse efeito potencial sobre o fluxo de dividendos, a XP vê a operação como positiva do ponto de vista financeiro. A oferta da Vale para comprar até 100% das debêntures participativas representa, segundo o banco, uma alocação de capital eficiente, já que os rendimentos implícitos dos papéis — em torno de 10% em termos reais — são significativamente superiores ao custo de captação da companhia, estimado em cerca de 5,5%.
A XP calcula que, considerando um desembolso semelhante ao do primeiro semestre de 2025 (equivalente a aproximadamente 1% da receita de minério de ferro) como referência para os pagamentos futuros aos debenturistas, o retorno da Vale sobre o preço de aquisição seria de 9% a 10% em termos reais. O preço oferecido de R$ 42 por debênture implica ainda um prêmio de cerca de 15% em relação às cotações recentes, entre R$ 36 e R$ 37.
Com base nessas premissas, o valor presente líquido (VPL) estimado da operação é de aproximadamente US$ 1,2 bilhão, o equivalente a 2,5% do valor de mercado da mineradora, caso todas as debêntures sejam recompradas. A XP, contudo, pondera que ainda não há clareza sobre qual será a taxa de aceitação da oferta pelos detentores dos títulos.
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