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Afonso Roitman, personagem da novela Vale Tudo, da TV Globo , interpretado por Humberto Carrão, foi diagnosticado com leucemia mieloide aguda, um tipo de câncer no sangue que afeta a medula óssea. Este momento não desafia apenas a saúde física e mental, mas pode também causar um grande impacto na vida financeira do paciente e de sua família.
Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), o Brasil deve registrar mais de 700 mil novos casos de câncer por ano até 2025. Além disso, um estudo recente publicado no BMJ Oncology mostrou que a incidência de câncer de início precoce entre adultos com menos de 50 anos em todo o mundo aumentou 79% entre 1990 e 2019.
Com a novela Vale Tudo caminhando para o capítulo final, previsto para ir ao ar no dia 17 de outubro, o InfoMoney reuniu recomendações de proteções financeiras ideais para os protagonistas, considerando as trajetórias pessoais e os desafios enfrentados por cada um.
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Especialistas ouvidos pela reportagem afirmam que um seguro de doenças graves poderia ajudar o personagem Afonso Roitman a atravessar esse período difícil, mas ressaltam que é fundamental contratar esse seguro antes de qualquer diagnóstico positivo. Após a confirmação do diagnóstico, já não é possível realizar a contratação.
“O pré-requisito da contratação de um seguro de doenças é a saúde. A partir do momento em que um diagnóstico é recebido, a pessoa não está mais elegível. Ela fica excluída desse mercado e as proteções que ela poderia ter dificilmente vai conseguir contratar”, afirma Rafael Cló, CEO da Azos, empresa de seguros.
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Quais proteções Afonso Roitman deveria ter?
“O Afonso tinha um potencial enorme, se formou em Harvard, possuía uma ONG e buscava construir uma vida em família. Em breve vai ser pai de dois filhos. Considerar tudo isso para um planejamento sucessório seria essencial”, afirma Luiz Carlos Marques, superintendente comercial da MAG Seguros.
Seguindo essa linha, Cló recomenda que as pessoas destinem entre 2,5% e 5% dos recursos para garantir algum nível de proteção financeira, tanto da saúde quanto do patrimônio.
Entre as opções, ele recomenda considerar a contratação de um seguro de vida, que oferece suporte para despesas com inventários e outros gastos sucessórios, além de um seguro para doenças graves, que cobre diagnósticos como o de câncer.
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Além disso, é importante incluir planos com cobertura de diária de internação hospitalar, que pagam um valor fixo por cada dia que o paciente permanece internado, garantindo um suporte financeiro direto para os gastos com hospitalização.
Na escolha do seguro para doenças graves, Cló enfatiza a necessidade de analisar cuidadosamente a abrangência da cobertura e o valor da apólice, que deve estar alinhado à capacidade financeira do contratante.
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“Se a pessoa tem filhos, pais ou amigos que dependem de sua renda, o seguro de vida é essencial para protegê-los. Caso não haja dependentes, o foco pode ser um seguro em vida voltado para a proteção direta do próprio segurado”
Dados da Azos mostram que 90,3% dos sinistros (ocorrência do risco previsto no contrato de seguro) de doenças graves indenizados nos últimos cinco anos são motivados por casos de câncer, abrangendo desde estágios leves até avançados da doença. Dos indenizados, 56% são homens e 44% são mulheres, com predominância entre 25 e 44 anos.
Entre janeiro e agosto de 2025, o crescimento do número de apólices (contrato de seguro) contratadas por jovens na empresa foi de 50% em comparação ao mesmo período de 2024, refletindo uma maior consciência financeira entre esse grupo, que passou a representar quase 32% das coberturas em vida da companhia, segundo o CEO.
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O que é o seguro de vida para doenças graves?
Diferente do seguro de vida tradicional, que geralmente paga indenização em caso de morte, o seguro para doenças graves oferece pagamento imediato ao segurado em vida após o diagnóstico de condições sérias, como câncer, infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Esse valor indenizatório pode variar de acordo com a apólice e é destinado a ajudar o paciente a custear tratamentos, despesas médicas não cobertas pelos planos de saúde ou até mesmo para compensar a perda de renda durante o período de afastamento do trabalho.
Um diferencial importante ressaltado por especialistas é a inclusão da cobertura para câncer em todas as suas fases — leve, moderado e grave. Isso assegura que o paciente receba apoio financeiro assim que o diagnóstico for confirmado, sem burocracias relacionadas à evolução da doença.
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Ajuda financeira
De acordo com Rafael Cló, da Azos, algumas pessoas optam por usar esse recurso para se afastar do trabalho e focar totalmente no tratamento da saúde, enquanto outras destinam o valor para custear consultas e procedimentos com especialistas renomados, até mesmo fora do país.
Também existem aqueles que preferem aproveitar o benefício para fazer viagens durante o período de recuperação.
“O seguro tem o poder de dar ao indivíduo o papel de protagonista do próprio enredo financeiro. O dinheiro é seu pra você fazer com ele o que você quiser”
Para acionar o seguro, é necessário apresentar documentação médica que comprove o diagnóstico da doença grave.
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Além disso, a contratação do seguro para doenças graves envolve um período de carência, que costuma ser de aproximadamente dois meses. Esse prazo existe porque diagnósticos feitos muito próximos da contratação têm alta relação com tentativas de fraude, e, por isso, as seguradoras não indenizam casos diagnosticados dentro desse período de carência, conforme as regras do mercado.
“Um sinistro que acontece com 61 dias após a contratação vai ser tratado de uma forma bem diferente de um que aconteceu com dois anos após a contratação. A probabilidade de fraude aumenta muito quando ela é muito próxima da contratação”, diz Cló.
Após esse prazo de carência, o processo costuma ser rápido, com pagamento da indenização em média de 5 a 6 dias úteis após entrega dos documentos completos.
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