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A V.tal divulgou nota oficial na noite de terça-feira, 30 de setembro, na qual apoia integralmente a decisão da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro que afastou a diretoria e o conselho de administração da Oi. A empresa também anunciou que, em Assembleia Geral Extraordinária realizada na mesma data, os acionistas da V.tal decidiram pelo afastamento automático de três conselheiros indicados pela Oi, em meio a uma disputa por governança e responsabilidades fiduciárias.
Segundo a nota, a medida judicial foi considerada “adequada e necessária” diante das condutas relatadas por observadores e administradores judiciais no processo de recuperação da Oi, especialmente em relação à contratação de assessores jurídicos e financeiros para promover o Chapter 11 nos Estados Unidos, com custos considerados “elevadíssimos” e incompatíveis com a situação de insolvência da companhia.
Acusação de plano para prejudicar a V.tal
A V.tal afirma que os conselheiros afastados teriam atuado em “clara situação de conflito de interesses”, ao buscarem beneficiar a Oi em prejuízo da própria V.tal. A companhia alega que, nas palavras do CEO da Oi e então vice-presidente do Conselho da V.tal, tratava-se de um “plano de ataque” para prejudicar os direitos da empresa de infraestrutura.
Diante desses fatos, a assembleia da V.tal aprovou a instauração de uma ação de responsabilidade contra os três conselheiros ligados à Oi. A empresa também informou que já havia ingressado com uma reclamação administrativa junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pedindo investigação formal dos atos praticados pelos mesmos administradores.
Ações da NIO e arbitragem estão entre bens bloqueados
A V.tal também comentou a decisão da Justiça que determinou, em caráter cautelar, a indisponibilidade de bens, incluindo as ações da NIO detidas pela empresa e os recursos de eventual sentença arbitral em disputa com a Oi na Câmara de Comércio Internacional.
Segundo a nota, a V.tal recebeu a medida com “serenidade e compreensão” e entende que ela reflete a cautela da magistrada diante de operações complexas firmadas antes de sua posse no processo. A empresa reiterou que os atos mencionados seguiram os trâmites previstos no Plano de Recuperação Judicial homologado pela Justiça, com supervisão de órgãos como Anatel, TCU, AGU e Ministério das Comunicações.
A V.tal reforça que as medidas não afetam sua operação nem os serviços prestados a seus clientes.
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