Ucrânia apoia decisão da ONU de retomar sanções contra o Irã

A Ucrânia apoiou a decisão do Conselho de Segurança da ONU de retomar as sanções contra o Irã, disse o presidente Volodymyr Zelensky, na rede social X neste domingo (28).

Segundo o líder ucraniano, Teerã ignora os apelos da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) e da comunidade internacional "há muito tempo, minando a ordem nuclear".

We welcome the UN Security Council's firm decision to snapback sanctions against Iran.

Tehran has long ignored calls from the IAEA and the international community, undermining the nuclear order.

This must be a global rule to follow: whenever anyone undermines or threatens…

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) September 28, 2025

Zelensky acrescentou que sanções severas devem ser impostas sempre que alguém minar ou ameaçar a paz e a segurança internacionais.

Ainda na mesma publicação, o presidente da Ucrânia afirmou que a Rússia "está na mesma página que o Irã", dizendo que o país apreendeu uma usina nuclear ucraniana com materiais nucleares e transforma a Usina Nuclear de Zaporizhzhia em uma ameaça nuclear global.

Ele declarou que uma pressão nacional forte e coletiva sobre Moscou, assim como sanções contra seu setor nuclear, são necessárias para "fortalecer a ordem nuclear internacional."

Sanções contra o Irã entram em vigor

As sanções contra o Irã foram retomadas na noite do sábado (27) após terem sido suspensas por uma década como parte de um acordo para limitar e monitorar o programa nuclear do país.

Diversas potências europeias acusaram Teerã de não cumprir as suas obrigações nos termos do acordo que visava impedir o país de desenvolver uma bomba nuclear.

As sanções deveriam terminar permanentemente em 18 de outubro. Mas o acordo original, conhecido como JCPOA, sigla em inglês para Plano de Ação Conjunto Global, permitia a qualquer signatário restaurar as sanções antes dessa data se decidisse que o Irã não cumpriu o compromisso de limitar seu programa.

As potências ocidentais e Israel acusam o Irã de tentar fabricar armas nucleares. Teerã insiste que o seu programa nuclear é pacífico.

Na última semana, durante a Assembleia Geral da ONU, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, voltou a dizer que o país não tem intenção de construir armas nucleares, destacando "planos pacíficos" para seu programa nuclear.

"Declaro mais uma vez perante esta assembleia que o Irã nunca procurou e nunca procurará construir uma bomba nuclear. Não buscamos armas nucleares", afirmou Pezeshkian.

Pezeshkian criticou a medida das potências europeias como "ilegal", dizendo que ela foi tomada a "mando dos Estados Unidos da América".

*Com informações da Reuters