Trump parabeniza Corina Machado por Nobel da Paz, que dedica prêmio ao americano

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ligou para a líder opositora venezuelana María Corina Machado para parabenizá-la pela conquista do Prêmio Nobel da Paz, segundo fontes próximas à conversa. O telefonema, o primeiro entre os dois, foi descrito como “longo e positivo”.

Em uma postagem nas redes sociais, Machado dedicou o prêmio ao presidente Trump e ao povo venezuelano, elogiando o “apoio decisivo” do republicano. Trump republicou a mensagem em sua própria conta.

A Casa Branca e o gabinete de Machado não comentaram oficialmente o episódio.

Embora Trump não tenha se manifestado publicamente sobre o fato de não ter sido contemplado com o prêmio, assessores indicam que o presidente ficou contrariado.

“O Comitê Nobel mostrou que coloca política acima da paz”, escreveu Steven Cheung, diretor de comunicação da Casa Branca, em um post na plataforma X.

Trump vinha fazendo campanha informal pelo prêmio, citando seus esforços de mediação no Oriente Médio e dizendo ter “encerrado sete guerras”. No mês passado, em discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, afirmou que “todos dizem” que ele deveria receber o Nobel.

Para analistas internacionais, a escolha de Machado — uma líder de direita e defensora da democracia que confronta o regime de Nicolás Maduro, adversário declarado de Trump — pode ter sido uma forma sutil do Comitê Nobel de conter a reação do presidente americano.

Apoio internacional

Trump já classificou Maduro como “narcoterrorista”, aumentando a recompensa por sua captura para US$ 50 milhões. Antes de assumir o atual mandato, o republicano reconheceu como legítimo vencedor das eleições venezuelanas o candidato opositor apoiado por Machado, após Maduro impedi-la de concorrer.

“Estamos à beira da vitória e, hoje mais do que nunca, contamos com o presidente Trump, o povo dos Estados Unidos, os povos da América Latina e as nações democráticas do mundo como nossos principais aliados para conquistar a liberdade e a democracia”, escreveu Machado em uma postagem no X.