Trump diz que EUA estão próximos de finalizar “acordo” de R$ 2,6 bilhões com Harvard

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O presidente Donald Trump afirmou na terça-feira (30) que seu governo está próximo de finalizar um acordo com a Universidade de Harvard, em um entendimento que poderia potencialmente resolver uma das disputas mais emblemáticas entre sua gestão e o ensino superior dos EUA.

“Eles vão pagar cerca de 500 milhões de dólares e vão operar escolas técnicas. Vão ensinar as pessoas a trabalhar com IA e muitas outras coisas,” disse Trump.

A universidade havia sinalizado no mês passado que estava aberta a investir aproximadamente esse valor em programas de capacitação profissional como parte de um acordo com o governo, conforme reportado anteriormente pela Bloomberg.

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“Tudo o que você precisa fazer é formalizar isso,” disse Trump à secretária de Educação, Linda McMahon, durante a assinatura de uma ordem executiva no Salão Oval.

O presidente não especificou se o acordo incluiria um monitor independente, uma forma de supervisão que a Universidade de Columbia aceitou em seu próprio acordo com o governo — mas que tem sido um ponto de impasse nas negociações com Harvard.

Harvard não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário.

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Harvard e o governo americano estão em um impasse há meses sobre bilhões de dólares em financiamento federal para a instituição da Ivy League, grupo de oito universidades privadas de elite nos Estados Unidos. Inicialmente, Trump acusou Harvard de não combater o antissemitismo no campus após o ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023, mas a disputa se ampliou para incluir alegações de viés político, escrutínio das ligações da universidade com a China e oposição a esforços de diversidade.

Trump já havia dito anteriormente que os dois lados estavam próximos de um acordo. Em junho, afirmou que um acordo poderia ser anunciado em uma semana, descrevendo-o como “’incrivelmente’ HISTÓRICO e muito bom para o nosso país.”

Neste mês, Harvard obteve uma vitória legal significativa quando um juiz declarou que o governo violou os direitos de liberdade de expressão da universidade ao cortar mais de US$ 2 bilhões em financiamento para pesquisas. A administração anunciou que vai recorrer da decisão.

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Logo depois, US$ 46 milhões em fundos suspensos começaram a ser liberados para Harvard.

Ainda assim, as negociações para um acordo continuam, e nas últimas semanas a Casa Branca intensificou a pressão sobre a universidade.

Na segunda-feira (29), o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA anunciou que estava encaminhando Harvard para procedimentos administrativos de suspensão e exclusão, uma medida que impediria a universidade de firmar contratos com agências governamentais ou receber qualquer financiamento federal, incluindo bolsas de pesquisa e auxílio estudantil.

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O ataque de Trump à universidade de Cambridge, Massachusetts, gerou um debate nacional sobre liberdade acadêmica, diversidade ideológica nos campi, uso da raça em admissões e contratações, e o papel do governo no apoio ao ensino superior e à pesquisa.

Em suas declarações na terça-feira, Trump disse que “temos uma boa chance” de finalizar o acordo com Harvard.

Os pagamentos para escolas técnicas tornaram-se um ponto de consenso nas negociações entre a Casa Branca e universidades de elite sobre o financiamento suspenso para pesquisas. A Universidade Brown concordou em pagar US$ 50 milhões para programas vocacionais em seu estado, Rhode Island, como parte de um acordo para restaurar o financiamento federal em julho.

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“É um grande investimento em escolas técnicas, feito por pessoas muito inteligentes, e então seus pecados são perdoados,” disse Trump.

© 2025 Bloomberg L.P.

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