SP amplia estoque de antídoto contra metanol em meio a 59 casos e mortes investigadas

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O governo de São Paulo anunciou que vai distribuir, a partir desta sexta-feira (4), 2 mil novas ampolas de álcool etílico absoluto, utilizado como antídoto no tratamento de intoxicações por metanol. Os lotes serão destinados a hospitais de referência em São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto. Atualmente, o estado conta com 500 unidades em circulação.

“As primeiras horas após a ingestão de bebida alcoólica contaminada são decisivas para salvar vidas e o Estado de São Paulo está preparado com estoque do antídoto contra intoxicação por metanol”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva.

O país já registra 59 notificações de intoxicação por metanol, segundo balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira (2). Entre elas, 11 tiveram confirmação laboratorial da presença da substância.

Os casos estão concentrados em:

53 em São Paulo,
5 em Pernambuco,
1 no Distrito Federal.

No estado paulista, há uma morte confirmada por consumo de bebida adulterada, de um homem de 54 anos, além de cinco óbitos em investigação: três na capital e dois em São Bernardo do Campo.

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Mobilização nacional

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acionou agências reguladoras internacionais, como a FDA (EUA), a EMA (União Europeia), além de órgãos do Canadá, Reino Unido, Japão, China, Argentina, México, Suíça e Austrália, para viabilizar a importação de estoques adicionais do antídoto.

O objetivo é acelerar o trâmite de entrada no Brasil e ampliar a capacidade de resposta em hospitais públicos e privados, já que os casos atuais superam a média anual histórica de intoxicações por metanol, geralmente em torno de 20 no país inteiro.

O aumento das notificações ocorre em meio à crise provocada por bebidas adulteradas com metanol. O composto químico, inflamável e altamente tóxico, pode causar cegueira, falência de órgãos e morte quando ingerido.

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A escalada de casos pressiona autoridades a reforçar a fiscalização sobre distribuidoras e bares, ao mesmo tempo em que o Congresso discute tornar crime hediondo a falsificação de bebidas.

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