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O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que a militância bolsonarista optou por priorizar a pauta da anistia aos condenados do 8 de Janeiro em vez de apoiar o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em entrevista à revista Piauí, o parlamentar relatou que a ideia de afastar Lula perdeu força porque colocaria o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) no poder, algo que, segundo ele, daria “um novo fôlego à esquerda”.
“Naquele momento, a nossa avaliação era de que a pauta não era correta, porque fazer o impeachment do Lula e colocar o Geraldo Alckmin no lugar daria um novo fôlego à esquerda. Isso não era interessante para a gente”, disse Sóstenes.
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Segundo o deputado, o movimento para “enterrar” o impeachment envolveu nomes centrais do bolsonarismo, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia, o presidente do PL Valdemar Costa Neto, além dos senadores Rogério Marinho e Flávio Bolsonaro.
Pauta da anistia
Sóstenes contou que, diante da pressão de partidos como MBL e Novo para liderar atos de rua com a bandeira do impeachment, decidiu propor uma alternativa: transformar a anistia em palavra de ordem para as manifestações da direita em março.
O cálculo político, segundo ele, era canalizar a insatisfação da base bolsonarista sem abrir espaço para que adversários internos assumissem protagonismo. O resultado foi a adesão da militância à pauta do perdão, hoje uma das principais bandeiras do PL.