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A Sky afirmou que considera a pirataria o principal competidor do setor de televisão paga e streaming no Brasil. Em conversa com jornalistas nesta quinta, 13, o CEO da empresa, Gustavo Fonseca, disse que a prática deixou de ser restrita a grupos de baixa renda e se espalhou por várias camadas sociais. “A pirataria no Brasil deixou de ser um fenômeno socioeconômico baixo”, afirmou.
Fonseca avaliou que o uso de equipamentos e aplicativos ilegais se tornou culturalmente normalizado e que parte significativa das receitas do crime organizado é alimentada por esse mercado. “Se você comprou uma caixa pirata lá no shopping de Belo Horizonte, você deu dinheiro diretamente para uma facção criminosa”, afirmou.
Relatos de operações e envolvimento internacional
O executivo citou uma operação recente na Argentina que desarticulou plataforma de IPTV pirata com milhões de usuários, incluindo clientes brasileiros. Ele avaliou que o crescimento desses serviços afeta as receitas de empresas legalizadas. “Meu maior competidor é a pirataria”, disse.
Fonseca relatou ainda que o problema se estende por vários países da América Latina, com redes integradas que combinam venda de dispositivos, criação de aplicativos e comercialização de listas clandestinas.
Atuação da Anatel e articulação institucional
Fonseca elogiou os esforços atualmente feito pelas autoridades brasileiras, mas defendeu ações mais frequentes contra transmissores ilegais, boxes clandestinos e aplicativos hospedados no exterior. Ele avaliou que a Anatel tem demonstrado disposição para intensificar o combate à pirataria.
Mencionou ainda a atuação da Ancine contra sites com conteúdo protegido e defendeu que as ações das duas agências avancem de forma coordenada. Para o executivo, o crescimento da pirataria exige respostas regulatórias contínuas, especialmente no processo de homologação de dispositivos e na responsabilização de distribuidores ilegais.
A Sky participa de iniciativas de combate à pirataria da ABTA e da Alianza. “A ABTA tem um núcleo de combate à pirataria no Brasil, e a Alianza é um grupo de atuação na América Latina”, observou.
Fonseca afirmou que a pirataria retira escala dos modelos de streaming e TV por assinatura e compromete a oferta de canais e transmissões esportivas. Segundo ele, o uso de serviços ilegais impacta o custo de programação e a capacidade de investimento em novos conteúdos.

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