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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, afirmou nesta terça-feira, 30, em uma grande reunião com oficiais militares que iria endurecer os padrões de aptidão e asseio para reprimir a “cultura woke” dentro do Exército americano. Hegseth também criticou generais “gordos” e disse que as Forças Armadas irão exigir que os oficiais estejam em forma.
O secretário de Defesa e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamaram centenas de líderes militares e seus principais assessores de todo o mundo para a base do Corpo de Fuzileiros Navais em Quantico, na Virginia, sem revelar publicamente o motivo.
Seu discurso para os militares focou em questões identitárias e gênero. Ele disse que os líderes militares deveriam “fazer a coisa honrosa e renunciar” se não gostassem de sua nova abordagem.
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O fato de almirantes e generais de zonas de conflito terem sido convocados para uma palestra sobre raça e gênero no Exército mostrou o grau em que as guerras culturais do país se tornaram um item de agenda de primeira linha para o Pentágono de Hegseth, mesmo em um momento de preocupações amplas de segurança nacional ao redor do globo.
Politicamente correto
O secretário criticou o chamado “politicamente correto” em seu discurso e disse que o Exército promoveu muitos oficiais pelas razões erradas, com base em raça e gênero e não em “histórico”.
“A era da liderança politicamente correta, excessivamente sensível, que não magoa os sentimentos de ninguém, acaba agora em todos os níveis,” disse Hegseth.
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Trump reforçou o discurso e apontou que o “propósito do Exército não é proteger os sentimentos de ninguém, e sim a nossa republica”.
O secretário também anunciou que irá flexibilizar regras disciplinares e enfraquecer proteções contra trotes, bullying e exemplos de liderança tóxica e abusiva.
Ele disse que a mudança é importante para “permitir que líderes com infrações perdoáveis ou menores não sejam prejudicados por essas infrações perpetuamente”.
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“As pessoas cometem erros honestos, e nossos erros não deveriam definir uma carreira inteira”, disse Hegseth.
Assédio moral e liderança tóxica têm sido as causas suspeitas e confirmadas por trás de vários suicídios de soldados ao longo dos últimos anos.
Hegseth também criticou os soldados transgênero e apontou que é preciso restaurar o mérito como principal forma de avaliação para promoções.
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“Quando se trata de qualquer trabalho que requer força física para atuar em combate, esses padrões físicos devem ser altos e neutros em relação ao gênero”, ele disse. “Se mulheres conseguirem, excelente, se não, é o que é. Se isso significa que nenhuma mulher é qualificada para alguns trabalhos de combate, que assim seja. Esse não é o objetivo, mas pode ser o resultado.”
*Com informações da Associated Press.