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Ah, o Xbox Game Pass… Esse serviço que transformou o mundo dos games em uma festa infinita de títulos por uma assinatura mensal acessível. Desde que estreou em 1º de junho de 2017, ele tem sido o sonho de consumo de gamers: centenas de jogos, incluindo lançamentos no dia um, tudo por um preço que, até então, parecia bastante justo. Até então.
Mas aí vem a pergunta que não quer calar, especialmente depois do anúncio bombástico de ontem: se o negócio tá rendendo tanto, por que diabos a Microsoft resolveu dar um salto tão grande de preço no serviço, especialmente no Ultimate (que aqui no Brasil pulou para R$120)?
A lucratividade que todo mundo questiona
Desde o início, o Game Pass gerou um burburinho: como uma gigante como a Microsoft, com bolsos cheios de bilhões, consegue bancar um catálogo gigante sem quebrar? Com aquisições monstruosas como a Bethesda (por US$ 7,5 bilhões) e a Activision Blizzard (um salgado de US$ 75,4 bilhões), o serviço só ficou mais recheado, com mundos como Elder Scrolls, Fallout, DOOM, Diablo e até Call of Duty chegando direto pro controle dos assinantes.
Líderes como Phil Spencer sempre bateram na tecla de que é um modelo sustentável e lucrativo. E agora, a presidente do Xbox, Sarah Bond, reforçou isso numa entrevista recente no Tokyo Game Show 2025 para o site japonês Game Watch: no último ano fiscal, as vendas bateram um recorde de US$ 5 bilhões. Ela até elogiou o ciclo virtuoso: quanto mais estúdios aderem, mais pagam pros criadores, e todo mundo sai ganhando.
Parece um conto de fadas, né? Mas aí, dias depois dessa declaração (e, vamos ser francos, ela como presidente sabia o que vinha por aí), a Microsoft solta a notícia do aumento. Não é só o Ultimate que sobe – os outros tiers também levam uma mordida. Fãs piram nas redes: “Se tá bombando, pra quê mexer no vespeiro?”. É uma dúvida justa, e o timing da entrevista só alimenta a fogueira.
Por que aumentar se o caixa tá cheio?
Olha, se a gente aceitar as palavras da Bond como ouro (e por que não? São números oficiais), o Game Pass é sim rentável – mas talvez não no nível que a Microsoft sonhava. Aquelas compras bilionárias foram feitas justamente pra turbinar o serviço, enchendo o catálogo com blockbusters que deviam atrair hordas de assinantes. Analistas como Michael Pachter, por exemplo, previam um crescimento explosivo. Só que a realidade bateu diferente: apesar dos hits, o número de usuários não decolou como esperado. Em vez de multiplicar inscritos, a estratégia agora parece ser espremer mais suco do limão que já tem – ou seja, cobrar mais dos fiéis que já estão na jogada.
Pensa no quadro maior: a Microsoft investiu uma fortuna pra competir com PlayStation e Nintendo, transformando o Game Pass num “Netflix dos games”. Mas manter essa oferta generosa custa caro – royalties pros estúdios, servidores pra streaming, marketing pra atrair mais gente. Com US$ 5 bilhões no bolso do ano passado, é lucro, sim, mas talvez magro pros padrões de uma empresa que quer dominar o mercado. Aumentar o preço é uma forma de equilibrar as contas sem cortar o que torna o serviço irresistível: o valor imenso pro jogador.
A reação dos fãs e o que pode rolar daqui pra frente
Somos fãs de Xbox, crescemos junto com a marca e tivemos muitas alegrias com o Game Pass. Mas agora basta! Não podemos aceitar descaso, preço abusivo e promessas vazias.
Fã não é otário. O respeito acabou, a paciência também.
É hora de cancelar!. pic.twitter.com/QYpBJz0EwH
— Silva𓂀⃤ (@MarcioFreire_13) October 1, 2025
O anúncio nem esfriou e o site de cancelamento de assinaturas já travou de tanto tráfego – sinal de que muita gente tá repensando a fidelidade. É compreensível: num mundo onde o custo de vida já aperta, pagar quase o dobro por algo que era “barato” dói. Mas será que isso vai espantar os assinantes em massa? Ou a galera vai engolir seco, seduzida pelo encanto de jogar grandes títulos sem comprar separado?
No fim das contas, o aumento grita uma verdade incômoda: até o “imparável” Game Pass tem limites. A Microsoft aposta que o valor percebido – aquela sensação de “mil jogos na palma da mão” – vai manter a base leal. E pros criadores? Bond tem razão: mais visibilidade significa mais grana pros devs, o que alimenta o ciclo. Mas pra nós, gamers comuns, é hora de calcular se o trade-off vale a pena. Se você tá em dúvida, talvez seja o momento de curtir o que resta do preço antigo. E você, vai renovar ou pular fora?
Fonte: Wccftech
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