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Com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciada na sessão de quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá indicar o seu 11º ministro para a Corte ao longo dos seus três mandatos. O presidente, no entanto, não é o recordista de indicações e ocupa a quarta posição na lista. O título pertence a Getulio Vargas, que indicou 21 magistrados.
A indicação mais recente foi a de Flávio Dino, que deixou o Ministério da Justiça para assumir a vaga de Rosa Weber, em fevereiro de 2024. No atual mandato, Lula também nomeou Cristiano Zanin, seu ex-advogado, em 2023.
Além de Zanin e Dino, Lula indicou os ministros Cezar Peluso, Menezes Direito, Ayres Britto, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Joaquim Barbosa e Dias Toffoli.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, é responsável por duas indicações: André Mendonça e Nunes Marques.
A Suprema Corte é formada por 11 ministros. Atualmente, o STF é formado por Edson Fachin, na posição de presidente da Corte, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Alexandre de Moraes, Nunes Marques, André Mendonça e Cristiano Zanin.
Na atual composição, Moraes foi indicado por Michel Temer, enquanto Barroso, Fachin e Fux foram nomeados por Dilma Rousseff. Já Gilmar Mendes é uma indicação de Fernando Henrique Cardoso.
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Rito de indicação
Após a indicação do presidente da República, cabe ao Senado sabatinar o escolhido e submeter o nome à votação. Desde a redemocratização, a escolha de um ministro do STF segue um rito que combina critérios jurídicos e negociações políticas. A Constituição estabelece requisitos básicos, mas dá ampla margem de escolha ao presidente da República, que costuma considerar fatores como perfil técnico, alinhamento institucional, equilíbrio entre correntes jurídicas e representatividade.
A Constituição exige como requisitos básicos ser brasileiro nato, ter entre 35 e 75 anos, possuir notável saber jurídico e reputação ilibada. Após a indicação, o nome é enviado ao Senado, onde começa a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), formada por 27 senadores.
A primeira votação ocorre na CCJ. A aprovação exige maioria simples — metade mais um dos presentes. No plenário, para que o nome seja confirmado, é necessário o apoio de pelo menos 41 senadores — a chamada maioria absoluta. As votações são secretas e a rejeição é raríssima: o último caso registrado ocorreu no século XIX, no governo de Floriano Peixoto, durante a Primeira República.
Aprovado pelo Senado, o nome retorna ao Palácio do Planalto, onde o presidente assina o decreto de nomeação, publicado no Diário Oficial da União.