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O licenciamento Qualcomm está no centro de uma importante decisão judicial nos Estados Unidos, onde a fabricante de chips obteve uma vitória completa contra a Arm em uma batalha legal que se arrastava desde 2022. O Tribunal Distrital americano rejeitou a última alegação restante da Arm, mantendo o resultado de um julgamento anterior que favoreceu a Qualcomm.
A disputa começou após a aquisição da Nuvia pela Qualcomm, uma empresa que já possuía acordos de licenciamento com a Arm para utilização de sua tecnologia de design de chips. A Arm alegou que a Qualcomm não obteve as autorizações necessárias para transferir essas licenças após a compra e, em 2024, chegou a cancelar a licença de arquitetura que permitia à Qualcomm utilizar sua propriedade intelectual.
Com esta decisão judicial, a Qualcomm garante o direito de continuar comercializando processadores desenvolvidos com a tecnologia da Nuvia, que atualmente equipam diversos dispositivos, incluindo os laptops Surface da Microsoft. A empresa anunciou a vitória em comunicado oficial, destacando a importância da decisão.
“Nosso direito de inovar prevaleceu neste caso e esperamos que a Arm retorne a práticas justas e competitivas ao lidar com o ecossistema Arm”, declarou Ann Chaplin, conselheira geral da Qualcomm, demonstrando o alívio da empresa com o desfecho favorável do processo.
A Arm, no entanto, não pretende aceitar a derrota facilmente. Em declaração oficial, a empresa controlada pela SoftBank afirmou que “mantém confiança em sua posição na disputa contínua com a Qualcomm” e planeja apresentar recurso para reverter a decisão do tribunal.
O licenciamento Qualcomm continuará sob escrutínio legal, já que a fabricante de chips também move seu próprio processo contra a Arm, acusando-a de quebra de contrato e de adotar um “padrão de conduta que busca dificultar a inovação e posicionar melhor seus próprios produtos em detrimento de parceiros de longa data”. O julgamento desse processo está previsto para março de 2026.
Esta vitória é bem significativa para a Qualcomm, já que assegura a continuidade de sua estratégia de desenvolvimento de chips baseados na tecnologia adquirida com a Nuvia, elemento crucial para manter sua competitividade no mercado de semicondutores e processadores para dispositivos móveis e computadores.
Fonte: Engadget
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