Protesto em Marabá: mães denunciam suspensão de terapias para crianças autistas

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Na manhã da última quarta-feira (8), dezenas de mães de crianças autistas se reuniram em frente à Defensoria Pública, no núcleo Cidade Nova, em Marabá. O protesto foi motivado pela suspensão inesperada do convênio entre a Prefeitura e clínicas que ofereciam terapias especializadas, medida que deixou centenas de crianças sem atendimento e provocou indignação entre as famílias.

Segundo as mães, o serviço era prestado por meio de uma licitação municipal que garantia o acompanhamento de crianças com transtorno do espectro autista (TEA). Uma das clínicas, que atendia cerca de 100 pacientes, teve o contrato interrompido sem aviso prévio, afetando diretamente a rotina de tratamento dos pequenos.

A estudante de Psicologia e mãe atípica, Lidiane Viana, relatou a angústia das famílias:

“Os nossos filhos dependem dessas terapias. Foram anos de luta para conseguir esse atendimento e criar vínculo com os profissionais. Agora tudo foi cortado de uma hora para outra”, lamentou.

Lidiane conta que as famílias foram orientadas a reiniciar o processo de encaminhamento pelo SUS, o que inclui novas consultas com pediatras e neurologistas, um trâmite que pode levar meses. “Enquanto isso, as crianças ficam sem acompanhamento. É desesperador”, completou.

A dona de casa Fábia Lanuzia também teme que o filho perca os avanços conquistados após um ano de acompanhamento.

“Ele mudou muito com as terapias. Era agressivo, hoje entende melhor as coisas. É triste ver tudo isso ser interrompido sem explicação.”

De acordo com as manifestantes, mais de 300 famílias aguardam uma resposta da gestão municipal. A Defensoria Pública informou que deve acionar a Justiça para cobrar esclarecimentos e garantir o restabelecimento do atendimento.

“A única coisa que a gente quer é uma justificativa. As crianças não podem ser as maiores prejudicadas dessa decisão”, reforçou Maiane da Silva, mãe de um menino autista que já apresentou crises após a suspensão das sessões.

Até o fechamento desta matéria, a Prefeitura de Marabá não havia se manifestado sobre o caso.

Fonte/Créditos: Correio de Carajás

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