Procuradoria Geral de SP usa IA para analisar 4 milhões de documentos

há 6 dias 2
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LAS VEGAS – A Procuradoria Geral do Estado (PGE) de São Paulo analisou mais de 4 milhões de documentos com inteligência artificial desde o início de 2024. Com base em tecnologia desenvolvida pela empresa brasileira Attus, o órgão acelerou processos de classificação, processamento e análise de processos jurídicos. A tecnologia agora será hospedada em uma plataforma de serviços de nuvem da Oracle (ORCL34).

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Com base em documentos armazenados pela própria PGE de São Paulo, a ferramenta consegue, por exemplo, gerar resumos personalizados de petições e auxiliar na elaboração de decisões judiciais. Promotores também conseguem usar linguagem natural para interagir com documentos, recuperando informações, decisões ou dados específicos dos textos.

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Um dos problemas enfrentados pela Procuradoria é gerenciar um volume de milhões de processos em andamento e procedimentos jurídicos repetitivos. O órgão é responsável, por exemplo, pela cobrança de dívidas pendentes e fornecimento de consultoria jurídica ao governo do Estado.

Entre janeiro de 2024 de agosto de 2025 a ferramenta desenvolvida pela Attus analisou 4,3 milhões de processos e conseguiu classificar 73% deles automaticamente com uma precisão de 98,5% — 1,48% dos casos exigiu revisão humana. Foram 647 mil demandas jurídicas concluídas e 642 mil documentos jurídicos gerados automaticamente pela plataforma.

Segundo o procurador Virgílio Carbonieri, responsável pela área de Tecnologia da Informação da PGE, a IA permite ao órgão dar mais foco a processos complexos, com maior demanda por análise jurídica aprofundada: “Este projeto é um divisor de águas na forma como atuamos.”

Depois do projeto desenvolvido para a Procuradoria, a Attus migrou a plataforma para a Oracle Cloud Infrastructure (OCI), plataforma de soluções de hospedadas em nuvem da gigante do setor, o que permite a implementação da tecnologia por outros entes públicos. O anúncio foi feito no evento Oracle AI World, em Las Vegas, que o InfoMoney acompanha.

“Este é um exemplo claro de como a tecnologia, quando aplicada de forma responsável e estratégica, pode gerar escala, velocidade e impacto em instituições públicas”, disse Bento Bueno, vice-presidente de Setor Público da Oracle Brasil.

*O repórter viajou ao Oracle AI World a convite da Oracle.

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