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A Oi comunicou ao mercado na noite de terça-feira, 18 de novembro, que fundos de investimento geridos pela Pacific Investment Management Company LLC (PIMCO) alienaram 18.138.564 ações ordinárias de emissão da companhia, equivalentes a 5,5209% do capital social total e votante. Com isso, a participação acionária consolidada da gestora passou a ser de 80.351.340 ações ON, representando 24,4567% do capital da operadora.
Esta foi a segunda venda relevante de ações da Oi promovida pela PIMCO desde que a empresa teve restabelecida sua condição de companhia em recuperação judicial, o que permitiu a retomada da negociação de seus papéis na B3 na semana passada. Na operação anterior, comunicada em 17 de novembro, a gestora havia alienado 15.279.100 ações ordinárias, reduzindo sua posição de controle para 29,98% do capital.
As duas alienações foram notificadas à área de Relações com Investidores da Oi em atendimento ao artigo 12 da Resolução CVM nº 44/2021, que exige comunicação ao mercado em casos de aquisição ou venda de participações relevantes.
Gestora está sob investigação por gestão fraudulenta
As movimentações ocorrem em meio a decisões judiciais que investigam a atuação da PIMCO como credora e controladora da Oi. No dia 7 de novembro, o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-RJ) determinou o arresto de créditos devidos à gestora no processo centralizado de execuções contra a Serede – subsidiária da operadora – por indícios de esvaziamento patrimonial e possível abuso de poder.
De acordo com a decisão, há elementos que apontam favorecimento da PIMCO em detrimento de outros credores, com base em documentos do processo de recuperação judicial que relatam movimentações atípicas e a retirada de ativos do grupo Oi a partir de dezembro de 2024.
Além disso, em 15 de outubro, a V.tal protocolou protesto judicial contra a gestora, alegando abuso de poder e interferência excessiva nas decisões da companhia. A empresa pede que a Justiça impeça a alienação de ativos da PIMCO no Brasil até a apuração de eventuais responsabilidades civis pela reestruturação imposta à Oi.
PIMCO nega intenção de controle ou acordos de voto
No comunicado mais recente, a PIMCO declara que os fundos sob sua gestão não têm intenção de alterar a estrutura administrativa ou o controle acionário da Oi. A gestora também afirma que não detém outros valores mobiliários da companhia, nem mantém exposição por meio de derivativos, contratos de empréstimo de ações ou acordos de voto.
A Oi permanece em regime de recuperação judicial desde a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, de 14 de novembro, que suspendeu os efeitos da decretação de falência. A volta à recuperação permitiu o restabelecimento da liquidez dos papéis na bolsa e reacendeu a movimentação de investidores relevantes, como a PIMCO.
Atualização: PIMCO faz terceira operação de venda
Em nova correspondência recebida pela Oi no dia 19 de novembro de 2025, a PIMCO comunicou uma terceira alienação relevante de ações, dois dias após a segunda operação. A gestora informou a venda de 15.539.900 ações ordinárias, equivalentes a 4,7299% do capital social total e votante.
Com isso, os fundos sob gestão da PIMCO passaram a deter 64.811.440 ações ON, representando agora 19,7268% do capital da companhia.
A sequência de três alienações reduz a participação acionária da PIMCO em mais de 10 pontos percentuais em três dias úteis:
- 17/11 – 15.279.100 ações alienadas (queda para 29,98%);
- 18/11 – 18.138.564 ações alienadas (queda para 24,45%);
- 19/11 – 15.539.900 ações alienadas (queda para 19,72%).

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