Petro diz que o inimigo da Europa são as alterações climáticas e não os "perigos fetichistas" da Rússia

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Publicado a 06/11/2025 - 21:26 GMT+1

"A Rússia não é o inimigo: o inimigo é a crise climática". Com esta e outras frases, Gustavo Petro, presidente da Colômbia, atacou a corrida às armas na Europa, que procura, em parte, combater as crescentes hostilidades do regime de Vladimir Putin contra o Velho Continente.

O contexto das declarações é a cimeira do clima COP30 , realizada em Belém, no Brasil. Petro afirmu, e os cientistas apoiam-no, que as alterações climáticas têm o potencial de acabar com a vida das próximas duas gerações.

"Investir mais em armas de acordo com o seu produto interno bruto é um erro da Europa", alertou o presidente colombiano em relação às exigências de Donald Trump de aumentar os gastos militares de 2% para 5%, algo que foi ratificado por todos os membros da NATO, com exceção de Espanha.

Petro considera que o risco para os "filhos e netos" do povo europeu e do mundo é superior aos "perigos fetichistas que, desde a época napoleónica e anteriores, pairam sobre uma Rússia que não é mais do que parte da Europa", declarou o presidente, cujo partido de esquerda já designou o candidato que o sucederá — com novela judicial incluída — nas eleições gerais colombianas do próximo ano.

Petro alimenta críticas a Donald Trump

Os sucessivos ataques a barcos de suspeitos de tráfico de droga nas águas das Caraíbas e do Pacífico, com pelo menos 17 embarcações destruídas e 67 mortes extrajudiciais em águas internacionais, têm vindo a desgastar as relações entre os EUA e a Colômbia.

Donald Trump acusou, sem provas, o seu homólogo colombiano de dirigir um narco-Estado, impondo sanções contra o líder colombiano, parte da sua equipa e família.

"Trump é contra a humanidade: ao não vir aqui, prova-o. O que fazemos então? Deixamo-lo em paz, esquecemo-lo. O esquecimento é o maior castigo... quando ele quer falar, nós falamos, mas sobre a vida", declarou Petro.

O governo colombiano tem três propostas para a COP30 brasileira: primeiro, reconhecer a biodiversidade como uma solução climática, avançar na eliminação progressiva dos combustíveis fósseis e promover uma reforma do sistema financeiro internacional para reduzir a dívida dos países do Sul Global.

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