Outubro deve ter tempestades e ondas de calor pelo Brasil, aponta MetSul

O mês de outubro promete ser marcado por extremos climáticos no Brasil, segundo previsão da MetSul Meteorologia. A combinação de calor, umidade e avanço de frentes frias deve trazer desde noites frias no Sul até episódios de calor intenso no Centro-Sul, além de temporais localizados em várias regiões.

Centro-Sul: calor intenso e temporais

Grande parte do Centro-Sul do país deve registrar temperaturas acima ou muito acima da média histórica. Regiões como Mato Grosso do Sul, Goiás, o interior paulista, o Norte do Paraná e o Triângulo Mineiro estão entre as mais suscetíveis a ondas de calor.

A MetSul projeta dias de calor extremo no Sudeste e no Centro-Oeste, com possibilidade de máximas acima de 40ºC em cidades do interior.

A presença de ar quente e úmido, por outro lado, aumenta a propensão a temporais. A expectativa é de chuvas irregulares, pode chover intensamente em um município, enquanto o vizinho permanece seco. A previsão indica precipitações próximas ou abaixo da média, com exceção de Mato Grosso e da faixa litorânea de São Paulo, que podem registrar índices acima do esperado.

Sul: chuvas e temporais

Outubro é tradicionalmente um dos meses mais tempestuosos no Sul, devido ao choque de massas de ar frio e quente. Este ano, a tendência se confirma. O Rio Grande do Sul, sobretudo na metade Norte, e parte de Santa Catarina devem registrar acumulados de chuva acima da média.

Em Porto Alegre, a precipitação média histórica de outubro é de 153,2 mm — uma das mais elevadas do calendário anual, atrás apenas de julho (163,5 mm). A MetSul alerta para tempestades fortes a severas, com risco de granizo e rajadas de vento.

Apesar do predomínio do calor, algumas madrugadas no Sul ainda podem ser frias, com mínimas perto ou abaixo dos 10ºC. A frequência, no entanto, tende a ser cada vez menor, já que massas de ar frio começam a perder força ao longo da primavera.

São Paulo e Brasil Central:

Na capital paulista, outubro marca o início do período mais chuvoso do ano. A média histórica de precipitação é de 127,2 mm no Mirante de Santana, e o mês tende a registrar aumento das pancadas de chuva que se intensificam no verão.

No Brasil Central, após episódios recentes de chuva provocados por uma frente fria, a expectativa é de novas ocorrências de instabilidade, especialmente na segunda quinzena do mês.

Ainda assim, a irregularidade será a marca do período: enquanto algumas áreas receberão bons volumes de chuva, outras devem continuar sofrendo com tempo seco e quente.