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O ouro atingiu uma nova máxima histórica nesta quarta-feira (1º), à medida que os EUA iniciaram uma paralisação do governo, aumentando a procura por ativos de proteção e ameaçando provocar atrasos na divulgação de indicadores econômicos relevantes.
O metal subiu para US$ 3.895,38 a onça, em alta pelo quinto dia seguido. O movimento ocorreu após o fracasso de um pacote emergencial para evitar o fechamento em Washington, enquanto a Casa Branca orientou agências a “executar seus planos para uma paralisação ordenada” — a primeira em sete anos.
A suspensão das operações federais aumenta a pressão sobre o dólar e pode atrasar a publicação de dados críticos para avaliar a economia dos EUA, incluindo o relatório de emprego (payroll) de sexta-feira.
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O ouro acumula alta superior a 48% em 2025, no caminho para o maior ganho anual desde 1979. O rali tem sido sustentado por compras de bancos centrais e pelo avanço das posições em fundos negociados em bolsa (ETFs) lastreados em ouro, em meio à retomada dos cortes de juros pelo Federal Reserve. As entradas líquidas em ETFs em setembro foram as maiores em três anos, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Os mercados também acompanham de perto as divergências entre autoridades do Fed sobre política monetária.
Na terça-feira, Susan Collins, presidente do Fed de Boston, disse que novos cortes de juros podem ser adequados este ano diante do mercado de trabalho mais fraco, mas alertou para o risco de inflação persistente. Já Lorie Logan, presidente do Fed de Dallas, afirmou que os formuladores de política devem ter cautela em considerar reduções adicionais de juros enquanto a inflação permanece acima da meta e o mercado de trabalho relativamente equilibrado.
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Nesse contexto, o ouro também atraiu forte demanda de proteção diante das preocupações com a independência do banco central. Na semana passada, advogados da diretora do Fed Lisa Cook pediram à Suprema Corte que ela permaneça no cargo enquanto contesta a tentativa do presidente Donald Trump de demiti-la.
A prata, por sua vez, saltou até 2%, a US$ 47,5598 a onça — menos de 5% abaixo da máxima histórica. O metal mais barato sobe mais de 60% no ano, apoiado pelos mesmos fatores macroeconômicos que impulsionam o ouro e pela escassez de oferta após anos de déficits de produção.
Às 9h34 em Londres, o ouro spot subia 0,8%, a US$ 3.888,35 a onça, após avançar 0,7% na terça-feira. O Bloomberg Dollar Spot Index recuava 0,2%. A prata operava em alta de 1,4% — depois de cair 0,6% na sessão anterior. O platina avançava, enquanto o paládio mostrava pouca variação.
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