Opinião: Autora de “Vale Tudo” pegou um final lendário e entregou um show de horrores

há 8 horas 1
ANUNCIE AQUI

A morte da Odete Roitman (Debora Bloch) era pra ser o auge de “Vale Tudo”. Era para o telespectador estar grudado na tela, tentando adivinhar quem foi o assassino, roendo as unhas a cada pista. Mas o que a gente viu essa semana foi um festival de confusão, enrolação e cenas sem pé nem cabeça. Os depoimentos dos cinco suspeitos – Maria de Fátima (Bella Campos), Celina (Malu Galli), Heleninha (Paolla Oliveira), Marco Aurélio (Alexandre Nero) e César (Cauã Reymond) foram um show de horrores.

De segunda (6) pra cá, os capítulos estão tão mal feitos que o público não consegue mais saber o que é dica de verdade e o que é erro de roteiro. Virou bagunça. Tudo parece jogado. Qualquer um pode ser o assassino da Odete, mas não porque a história levou a isso — e sim porque nada faz sentido.

No capítulo desta quinta-feira (9), então, foi o fundo do poço: colocaram todos os suspeitos para depor um atrás do outro, como se fosse uma fila de confessionário de reality show. Sem advogado, sem lógica, com flashback de cena velha. Cada um usa o depoimento pra desabafar. E o delegado? Parece personagem de comédia.

Era pra ser tenso. Foi entediante. O mistério que todo mundo esperava virou piada. E o pior: tá tudo tão mal costurado que o público não sabe mais o que é pista e o que é furo de edição. Tem cena que contradiz o que já foi mostrado, tem personagem agindo de um jeito num capítulo e de outro no seguinte. Como é que alguém vai adivinhar o assassino assim? A resposta parece ser: tanto faz, qualquer um serve.

Manuela Dias pegou um final lendário da TV brasileira e entregou um amontoado de cenas arrastadas, sem impacto e sem emoção. “Vale Tudo” merecia mais. O público também.

Ler artigo completo