OpenAI lança Sora 2 em meio a polêmica com Hollywood sobre direitos autorais

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Logo da OpenAI 20/5/2024 REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração/Arquivo

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A disputa entre as big techs e Hollywood sobre o uso de obras com direitos autorais no treinamento de inteligência artificial ganhou mais um capítulo. A OpenAI apresentou o Sora 2, sua versão mais avançada de gerador de vídeos, mas a novidade chega cercada de polêmica: a empresa permitirá o uso de material protegido, a menos que os detentores optem formalmente por não participar.

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Na prática, estúdios, produtores e artistas terão de notificar a companhia caso não queiram ver suas criações transformadas em insumo para produções feitas por IA.

O anúncio acontece em meio a uma discussão mais ampla: OpenAI e Google defendem que utilizar obras protegidas no treinamento de modelos deveria ser classificado como “uso justo” — interpretação da lei de copyright nos EUA.

A indústria cultural, por outro lado, reagiu em peso. Mais de 400 artistas assinaram uma carta aberta condenando a prática e cobrando que Washington mantenha barreiras mais rígidas.

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O que muda com o Sora 2

Apesar da controvérsia, o Sora 2 chega como o produto mais sofisticado da OpenAI até agora. Entre os avanços, estão:

  • maior domínio das leis da física, com vídeos mais críveis em cenas complexas;
  • movimento humano mais natural, com gestos e expressões faciais mais realistas;
  • integração convincente de pessoas, animais e objetos em cenários gerados;
  • áudio sincronizado, com vozes em vários idiomas, sons de fundo e efeitos.

A OpenAI admite que o modelo ainda comete erros, mas classifica o avanço como um passo importante rumo à “simulação da realidade”.

O acesso será feito por um aplicativo próprio, disponível inicialmente apenas para iOS nos EUA e no Canadá.

O formato lembra o TikTok: feed vertical com rolagem infinita para gerar clipes curtos. Não há opção de enviar imagens ou vídeos externos, e só quem validar a identidade poderá usar a própria imagem na plataforma — regra que também vale para figuras públicas.

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  • Na semana passada, a Meta apresentou o Vibes, seu rival no setor, voltado à criação e compartilhamento de vídeos curtos por IA. Leia aqui

O pano de fundo do lançamento

O anúncio acontece em um momento sensível para a OpenAI. Segundo o Wall Street Journal, a empresa ainda aguarda aval de autoridades da Califórnia e de Delaware para alterar sua estrutura societária.

Se a mudança não for concluída até o fim do ano, investidores podem exigir a devolução de parte dos aportes.

Enquanto isso, no campo regulatório, a disputa segue acirrada. Donald Trump, atual presidente dos EUA, defendeu a visão contrária à de Hollywood: para ele, treinar uma IA não difere de um estudante que aprende ao ler um artigo, e por isso deveria ser permitido sem contratos complexos.

O dilema central

De um lado, o Sora 2 revela a face mais impressionante da IA: vídeos fluidos, ultrarrealistas e a promessa de colocar efeitos especiais dignos de cinema ao alcance do usuário comum.

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De outro, reacende o mesmo dilema que persegue toda a indústria criativa: quem arca com os custos quando a inovação avança sobre direitos autorais?

Na visão da OpenAI, a resposta é objetiva: quem não quiser participar, deve pedir para sair.

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