Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master; entenda

há 1 semana 6
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(Imagem: Divulgação)

A Oncoclínicas (ONCO3) informou ao mercado que, após a liquidação extrajudicial do Banco Master, o saldo que detinha aplicado em CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) do banco, no montante de cerca de R$ 433 milhões, venceu antecipadamente nesta terça-feira (18).

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Em fato relevante, a companhia ressalta que já havia provisionado R$ 217 milhões em suas demonstrações financeiras de 30 de setembro de 2025, em função do rebaixamento do crédito da instituição financeira junto à agências de classificação de risco entre os meses de setembro e outubro

“Dessa forma, a exposição contábil, na data de hoje, líquida do provisionamento já efetuado, é estimada em aproximadamente R$ 216 milhões”, diz o documento.

As ações da companhia operam entre os destaques negativos da Bolsa nesta terça, com o mercado atento à notícia da prisão de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, durante a Operação Compliance Zero, que cumpre cinco mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.

Também nesta manhã (18), paralelamente à operação da PF, o Banco Central decretou a liquidação do banco.

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A Oncoclínicas tem seu nome envolvido na história, uma vez que confirmou, no final de outubro, algo que boa parte do mercado já desconfiava: parte do caixa da companhia estava aplicado em CDBs do Master Banco Master.

Mais precisamente, a rede de clínicas oncológicas detinha R$ 478 milhões em papéis da instituição. A Oncoclínicas fechou um acordo para resgatar esses valores, o que estava previsto ocorrer em 20 parcelas entre outubro deste ano e maio de 2027.

Por volta de 15h (horário de Brasília), ONCO3 caía 3,86%, a R$ 1,99. Na mínima do dia, ações chegaram a recuar 8,70%, cotadas a R$ 1,89. O papel entrou em leilão devido à divulgação do fato relevante. Acompanhe o tempo real.

O acordo firmado entre a Oncoclínicas e o Banco Master previa que determinados eventos de vencimento antecipado, que, se ocorrerem, tornam o valor investido nos CDBs automaticamente resgatável em sua totalidade, que não haviam sido especificadas ao mercado.

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Acordo Oncoclínicas e Banco Master

O acordo, conforme fato relevante divulgado em 22 de outubro, previa a possibilidade de a Oncoclínicas utilizar o saldo dos CDBs para comprar ações da companhia que estão em poder de dois fundos de investimento em participações (FIPs): o Tessália Fundo de Investimento e o Quíron Fundo de Investimento.

O Banco Master investiu R$ 1 bilhão na Oncoclínicas em um aumento de capital em maio de 2024 por meio desses dois fundos. Na ocasião, os papéis da companhia (ONCO3) saíram a R$ 13, mas desde então sofreram forte queda e eram cotados a R$ 2,05 no fechamento de ontem na B3.

Para a companhia usar o dinheiro dos CDBs para recomprar as próprias ações foram estabelecidas três condições. A primeira é que o Master conclua uma negociação que libere as cotas dos FIPs. Além disso, é preciso ocorrer um evento de vencimento antecipado e a aprovação da operação pelos acionistas da Oncoclínicas em assembleia.

De acordo com o fato relevante desta terça (18), a administração da companhia entrará com as medidas cabíveis, incluindo medidas visando à formalização e exercício da opção de compra sobre as cotas dos Tessália e Quíron. “Cujo valor na data de hoje, considerando a cotação de fechamento ONCO3 na data de ontem, equivale a aproximadamente R$ 203 milhões”, diz o documento.

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