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Durante a festa de lançamento de “Três Graças”, Aguinaldo Silva afirmou acreditar que Odete (Debora Bloch) pode estar viva no remake de “Vale Tudo”. A fala, que pareceu provocativa para alguns fãs, chamou atenção por um detalhe curioso: o próprio autor já usou esse recurso dramático em “Império”, de 2014.
Na novela, o protagonista José Alfredo (Alexandre Nero) forja a própria morte como parte de um plano para escapar dos inimigos e proteger seus negócios. O famoso Comendador passa um bom tempo sendo dado como morto — até reaparecer, vivíssimo, no que se tornou uma das reviravoltas mais comentadas da trama.
Na época, a decisão dividiu opiniões, mas rendeu audiência e movimentou as redes sociais. A volta do Comendador foi tratada como um “golpe de mestre” dentro da narrativa, algo típico dos folhetins assinados por Aguinaldo.
O Comendador contou com a ajuda de um médico, que lhe forneceu uma substância capaz de simular a morte clínica. O remédio reduzia drasticamente os sinais vitais: pulso fraco, respiração imperceptível, corpo frio. Com isso, José Alfredo foi declarado morto no hospital, gerando comoção geral. Um corpo foi liberado e enterrado com pompa.
Só depois, em capítulos bem mais adiante, o público descobre que o corpo no caixão não era o dele, e sim de um indigente — e que tudo fazia parte de um plano articulado nos bastidores. Enquanto todos acreditavam que ele havia morrido, o Comendador se escondia em um galpão, acompanhado de seu fiel escudeiro Josué (Roberto Birindelli). De lá, assistia ao caos se instaurar na família, nos negócios e entre os rivais.
Só então, com o império em risco e os filhos brigando pelo poder, ele reaparece — em pleno jantar da família — em uma cena clássica da teledramaturgia recente.
Ao especular que Odete pode não estar morta no remake de “Vale Tudo”, Aguinaldo basicamente sugere que o remake poderia seguir um caminho que ele mesmo já percorreu com sucesso. E com detalhes ainda mais mirabolantes. Na versão original de “Vale Tudo”, escrita por ele, Gilberto Braga e Leonor Bassères, Odete morre assassinada por Leila (Cassia Kiss), que atira nela achando se tratar de Maria de Fátima (Gloria Pires), a amante do seu marido, Marco Aurélio (Reginaldo Faria). A dúvida sobre o desfecho da vilã já ganhou várias teorias e a fala recente de Aguinaldo, no entanto, parece ter dado novo fôlego ao mistério.