Ocupação da órbita terrestre será desafio para novas constelações D2D

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órbita terrestreCongresso Latinoamericano de Satélites 2025 - Erika Rossetto, gerente de dinâmica orbital da Claro empresas e diretora do Space Data Association. (Foto: Rudy Trindade/Themapres)

A perspectiva de ocupação crescente da órbita terrestre pode ser um desafio para novos entrantes no mercado de satélites direct-to-device (D2D), que pretendem habilitar a conexão direta com dispositivos a partir do espaço. Hoje, já existem cerca de 30 mil artefatos catalogados ao redor do planeta, sendo 80% deles na órbita baixa (LEO).

Os números foram apresentados nesta quarta-feira, 8, por Erika Rossetto, diretora do Space Data Association (SDA) e gerente de dinâmica orbital da Claro empresas. Ela participou do segundo dia do Congresso Latinoamericano de Satélites, organizado pela Glasberg Comunicações e TELETIME no Rio de Janeiro.

"Quando falamos de novas constelações para D2D, precisamos levar em conta que a órbita terrestre é um recurso limitado e pode chegar um momento em que ela vai ficar inviável, se não fizermos o uso de forma sustentável", afirmou Rossetto.

Segundo a profissional, na órbita baixa uma mesma constelação concentra mais de 60% dos artefatos; a empresa não foi nomeada, mas se trata naturalmente da Starlink, líder no mercado de LEO. "Então os novos entrantes vão ter que enfrentar esse problema de ter um operador que domina boa parte do espaço", alertou.

Como reflexos, empresas apostando na conexão direta entre satélite e dispositivo precisarão enfrentar desafios cada vez mais complexos de gerenciamento de espectro e mesmo riscos de colisão – algo que, segundo a diretora da SDA, já está sendo verificado no espaço.

"Temos que atuar de forma preventiva para evitar que fique incontornável no futuro", defendeu Rossetto. Ela ainda destacou que a povoação do espaço com satélites também pode afetar pesquisas e observações científicas, algo que já tem motivado diretrizes para o tema em regiões como a União Europeia.

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