ANUNCIE AQUI
Pelo menos duas mortes foram confirmadas no estado de São Paulo após o consumo de bebida alcoólica adulterada com metanol neste sábado (27). Outros 10 casos, todos na capital, estão em investigação por suspeita de intoxicação após ingerir líquidos contaminados.
O problema, que já foi registrado diversas vezes na história, no mundo todo, acontece pela interação da substância com as enzimas do fígado, podendo levar à morte mesmo em doses pequenas. Saiba mais sobre a intoxicação abaixo.
O que é o metanol?
De acordo com a Sociedade Química Americana, o metanol é um solvente usado como combustível para motores e é uma matéria-prima para a fabricação de outros produtos químicos.
Ele se apresenta como uma substância líquida, inflamável e incolor e tem grande potencial de intoxicação. Quando consumido, mesmo em doses pequenas, pode levar à morte.
O envenenamento pela ingestão do composto é causado pela interação das enzimas hepáticas e o metanol, que formam o formaldeído e o ácido fórmico.
Os dois compostos são extremamente tóxicos, podendo causar cegueira, acidose metabólica, depressão do sistema nervoso central — sonolência, confusão, convulsões, coma — e pode levar à morte.
A dose mínima letal é de cerca de 80 gramas, em pacientes não tratados, mas os sintomas visuais podem acontecer com a ingestão da metade dessa dose.
De acordo com dados coletados pela Médicos Sem Fronteiras, mais de mil incidentes de envenenamento por metanol foram relatados desde 1998, afetando mais de 30 mil pessoas e fazendo mais de 14 mil vítimas em diversos países.
Quais são os sintomas de intoxicação?
Em um estudo publicado no Cleveland Clinic Journal of Medicine, médicos detalharam que, quando envenenada, a pessoa tem os primeiros sinais 24 horas após a ingestão do metanol.
Nos sintomas neurológicos, pode haver perda de memória de leve a profunda, confusão e agitação, que progridem para um estado de profunda sonolência ou inconsciência e coma, conforme o quadro se agrava.