"Notícias extraordinárias": mundo respira de alívio com o acordo de paz entre Israel e o Hamas

há 1 dia 2
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Os líderes mundiais reagiram ao anúncio de um acordo entre Israel e o Hamas, mediado pelos Estados Unidos, que prevê a aplicação da primeira fase do plano de paz de 21 pontos do presidente Donald Trump.

O acordo foi alcançado no final do terceiro dia de conversações de paz indiretas entre os dois grupos, mediadas por negociadores do Egito, Qatar e Turquia, na cidade turística egípcia de Sharm el-Sheikh.

O acordo, anunciado por Trump numa publicação no Truth Social, estipula a libertação imediata de todos os 48 reféns restantes mantidos em cativeiro pelo Hamas em Gaza. Israel também concordou em retirar as suas tropas para uma linha estabelecida e libertar prisioneiros palestinianos em troca.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, congratulou-se com o acordo numa publicação no X, instando todas as partes a respeitarem plenamente os termos do acordo.

"Agora, todas as partes devem respeitar integralmente os termos do acordo. Todos os reféns têm de ser libertados em segurança. Deve ser estabelecido um cessar-fogo permanente. O sofrimento tem de acabar".

Von der Leyen referiu que, pela parte da UE, o bloco continuará a facilitar a entrega de ajuda ao enclave e comprometeu-se também a ajudar na recuperação e reconstrução da Faixa de Gaza.

"A UE continuará a apoiar a entrega rápida e segura de ajuda humanitária em Gaza. E quando chegar a altura, estaremos prontos para ajudar na recuperação e reconstrução".

A chefe da Comissão agradeceu também a Trump por ter intermediado o acordo e ao Qatar, ao Egito e à Turquia pelo seu papel na mediação do que chamou uma oportunidade "para forjar um caminho" para uma solução de dois Estados.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, também utilizou o X para louvar o novo acordo. Ele elogiou as partes mediadoras pelo seu extenso esforço diplomático para garantir o acordo.

Guterres também apelou a todas as partes para que garantam que o acordo e os seus termos sejam totalmente respeitados.

“Exorto todos os envolvidos a cumprirem integralmente os termos do acordo. Todos os reféns devem ser libertados de forma digna”, escreveu o chefe da ONU.

"Deve ser assegurado um cessar-fogo permanente. Os combates devem cessar de uma vez por todas. Deve ser garantida a entrada imediata e sem entraves de fornecimentos humanitários e materiais comerciais essenciais em Gaza. O sofrimento tem de acabar".

Guterres referiu ainda que a ONU apoiará a aplicação integral do acordo e intensificará a prestação de ajuda humanitária em todo o enclave. Guterres manifestou ainda a esperança de que esta paz recém-encontrada possa conduzir a uma solução de dois Estados, com base nas linhas de 1967 adoptadas pela ONU.

"Renasce a esperança"

O primeiro-ministro português Luís Montenegro saudou a libertação dos reféns "que todos esperávamos há mais de 2 anos e a assinatura do acordo que a permite". Congratulou ainda Donald Trump "por todo o empenho na obtenção da paz no Médio Oriente".

Já a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni elogiou Trump pela sua “busca incansável pelo fim do conflito em Gaza” e saudou o seu anúncio, considerando-o uma “notícia extraordinária”.

O líder espanhol Pedro Sánchez também saudou o acordo, mas salientou que ainda há muito trabalho a fazer para alcançar uma paz duradoura.

Sánchez observou que agora é hora de “dialogar, ajudar a população civil e olhar para o futuro” para garantir que as “atrocidades vividas” nunca se repitam.

O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou no X a sua "imensa esperança" para os palestinianos, os reféns e as suas famílias, bem como para as famílias em geral, após o anúncio do acordo.

Macron expressou também o empenho do seu país na solução de dois Estados, prometendo a contribuição de Paris para a causa.

"Este acordo deve marcar o fim da guerra e a abertura de uma solução política baseada na solução de dois Estados. França está pronta a contribuir para este objetivo. Discutiremos o assunto esta tarde em Paris com os nossos parceiros internacionais".

O primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, que há poucos dias se reuniu com Trump na Sala Oval, felicitou o presidente dos EUA pela sua "liderança essencial", bem como os países mediadores por terem alcançado o acordo.

"Após anos de intenso sofrimento, a paz parece finalmente alcançável", escreveu no X.

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, e a sua ministra dos Negócios Estrangeiros, Penny Wong, emitiram uma declaração em que se congratulam com o acordo.

Reconheceram que o caminho para a recuperação, a paz a longo prazo e a reconstrução de Gaza é longo e prometeram a ajuda do seu país para o conseguir.

O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, congratulou-se com a notícia de progressos nas conversações indiretas entre Israel e o Hamas em Sharm el-Sheikh, no Egito.

Manifestou a "total solidariedade" de Kuala Lumpur para com o povo palestiniano na "sua busca de justiça, dignidade e Estado" e instou todas as partes envolvidas a avançarem para uma "paz abrangente e duradoura".

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