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A Nokia anunciou nesta quarta-feira, 19, a simplificação do seu modelo operacional em duas áreas-chave e a sua estratégia direcionada à modernização de redes com foco em Inteligência Artificial (IA).
As mudanças entram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026. A partir do ano que vem, a estrutura operacional da Nokia será dividida em dois segmentos: Infraestrutura de Rede e Infraestrutura Móvel.
Segundo a empresa, a divisão de Infraestrutura de Rede será posicionada para capitalizar a rápida expansão global da IA e de data centers, além de inovar em telecomunicações. O segmento terá três unidades de negócios (Redes Ópticas, Redes IP e Redes Fixas) e continuará sob a liderança de David Heard.
Já a divisão de Infraestrutura Móvel passa a reunir o portfólio de Redes Centrais, Redes de Rádio e Padrões de Tecnologia (anteriormente conhecida como Nokia Technologies). O segmento deve atuar para impulsionar as redes nativas em IA e a tecnologia 6G.
A companhia informou que a divisão de Infraestrutura Móvel será liderada interinamente pelo CEO, Justin Hotard, que está no comando da empresa desde abril. Na prática, ainda terá três unidades de negócio: Software Principal, Redes de Rádio e Padrões de Tecnologia.
"Como fornecedora ocidental de confiança em conectividade segura e avançada, a nossa tecnologia está impulsionando o superciclo da IA", afirma Hotard, em nota sobre a nova estratégia, por ocasião do Capital Markets Day da Nokia.
"Da infraestrutura fixa à móvel, desenvolvemos tecnologia que acelera a geração de valor para nossos clientes", acrescentou.
Novas investidas
A fornecedora também anunciou o lançamento da unidade Nokia Defense sob o modelo de incubação. A ideia é avançar em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para a área de defesa.
A Nokia destacou que enxerga novas oportunidades nos Estados Unidos, na Finlândia e em outros países aliados para fornecer soluções de nível militar baseadas em suas tecnologias de infraestrutura de rede e móvel.
Outra novidade é a reunião de áreas consideradas não essenciais para o futuro da empresa na unidade Negócios de Portfólio. O segmento vai incluir os departamentos responsáveis por rádio micro-ondas, implementação de site e planta externa, acesso sem fio fixo (FWA), entre outros.
Prioridades e projeções
Como parte da estratégia de negócios, a Nokia informou que, a partir de 2026, vai atuar com cinco prioridades.
- Acelerar em IA e nuvem;
- liderar a próxima era da conectividade móvel com redes nativas de IA e 6G;
- crescer em inovação ao lado de clientes e parceiros;
- concentrar capital onde a empresa pode se diferenciar;
- e destravar retornos sustentáveis.
Em termos financeiros, a meta da Nokia é levar o lucro operacional comparável para uma faixa de 2,7 bilhões de euros a 3,2 bilhões de euros até 2028. A critério de comparação, em 12 meses até o terceiro trimestre de 2025, o lucro operacional atingiu 2 bilhões de euros.
A empresa mira uma taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) de 6% a 8% nas vendas de Infraestrutura de Rede durante o período de 2025 a 2028, com margem operacional de 13% a 17% até 2028.
Para a divisão de Infraestrutura Móvel, a fornecedora tem a expectativa de alcançar margem bruta de 48% a 50% até 2028. O lucro operacional do segmento deve crescer a partir de uma base de 1,5 bilhão de euros.

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