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As construtoras MRV (MRVE3), Direcional (DIRR3), Plano & Plano (PLPL3) e Moura Duveux (MDNE3) e LPS Brasil (LPSB3) divulgaram resultados trimestrais na noite desta quarta-feira (12).
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MRV (MRVE3)
A MRV apresentou resultados mistos no 3T25, com crescimento da receita compensado por margens brutas mais fracas e geração de caixa negativa, segundo Itaú BBA.
Análise de Ações com Warren Buffett
Do lado positivo, as operações no Brasil tiveram sólido crescimento de 17% na base anual, superando em 4% as estimativas do Itaú BBA. Esse desempenho ajudou o lucro por ação (EPS) a ficar acima do esperado, apesar da margem bruta ajustada (excluindo reversões de provisões de distratos) ter subido 40 pontos-base no trimestre, mas ainda ficado 70 pontos-base abaixo da projeção do banco. Por outro lado, a Resia (operação nos EUA) manteve desempenho fraco, e a alavancagem, tanto consolidada quanto no Brasil, aumentou mais do que o esperado.
O JPMorgan avaliou que MRV divulgou bons resultados referentes no 3º trimestre, com lucro líquido consolidado de R$ 111 milhões, o primeiro resultado positivo em três trimestres, superando a estimativa de R$ 91 milhões do banco e de R$ 81 milhões do consenso do mercado. O banco manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 8,50.
Na avaliação da XP, os resultados da MRV foram ligeiramente positivos, dado o avanço do desempenho da MRV Inc., principalmente por crescimento da receita respondendo positivamente à re-aceleração dos níveis de produção, recuperação das margens e melhora nos resultados financeiros, apesar da pressão persistente sobre os resultados da Resia.
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Para BBI, a MRV Brasil apresentou um sólido 3T25, superando as estimativas de lucro devido a resultados financeiros ligeiramente melhores do que o esperado. Por outro lado, o provável não atingimento do guidance da MRV para geração de caixa, provavelmente, permanecerá como o principal quebra-cabeça que falta para a história, dependendo da normalização dos programas habitacionais em nível estadual. O banco manteve recomendação de compra para as ações, negociando a 5,8 vezes P/L (Preço sobre Lucro) estimado para 2026.
Direcional (DIRR3)
A Direcional apresentou resultados sólidos, como esperado, no terceiro trimestre de 2025, com destaque para crescimento da receita de 27,1% em relação ao ano anterior, impulsionado por sólidas vendas líquidas. Analistas da XP também ressaltam a margem bruta ajustada recorde de 42,1% e margem do backlog de 45,2%, sugerindo forte lucratividade nos lançamentos recentes.
Embora sólidos, a XP considera que os resultados da construtora vieram amplamente em linha com as expectativas. A instituição financeira reitera recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 16,70.
Apesar dos números fortes, o BBI observa que o mercado já havia antecipado o bom desempenho, refletido na alta de 20% das ações no último mês. Ainda assim, o banco mantém visão positiva sobre a Direcional, que é negociada a 8,6 vezes o lucro estimado para 2026, em linha com CURY3 e acima da média dos pares de cerca de 5,5 vezes.
O BBI projeta que a companhia distribuirá aproximadamente R$ 900 milhões em dividendos em 2025, o que representa um dividend yield próximo de 10%, sendo R$ 646 milhões já anunciados. Para os próximos trimestres, o banco vê cenário favorável para o setor, com queda do custo de capital (Ke) e espaço para novos lançamentos, além de expectativa de manutenção do forte ritmo de crescimento dos lucros.
O JPMorgan, por sua vez, classificou os resultados como sólidos, impulsionados por margens acima do esperado e desempenho financeiro robusto. As ações da Direcional são negociadas a 9,6 vezes o lucro estimado para 2026, em linha com Cury (9,5 vezes) e acima de MRV (6,1 vezes) e Tenda (5,3 vezes). Com isso, manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 18,50.
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Moura Dubex (MDNE3)
De forma geral, o BBI manteve uma visão positiva sobre a MDNE3, mesmo com as ações subindo 182% no acumulado do ano, devido ao seu crescimento acelerado por diferentes avenidas, forte impulso na região Nordeste e carrego (6% de rendimento de dividendos estimado para 2026). Conforme o banco, a reclassificação das ações é justificada, pois a MDNE3 é percebida como uma história de alta qualidade em sua cobertura de renda média/alta, juntamente com CYRE3 e LAVV3. A MDNE3 é negociada a 5,1 vezes o múltiplo P/L estimado para 2026, com um crescimento médio ponderado anual (CAGR) dos lucros de 12% no período entre 2025 e 2027
Segundo a XP, os lucros continuam a refletir o notável desempenho operacional da empresa nos últimos trimestres, com uma contribuição robusta do segmento de condomínios. Assim, a corretora manteve recomendação de compra para as ações, considerando que o domínio regional da Moura Dubeux apoia a continuidade do forte desempenho operacional no futuro, ao mesmo tempo em que acredita que o segmento de baixa renda é uma via de crescimento sólida para a empresa.
O Santander avaliou que a Moura Dubeux apresentou resultados sólidos no 3T25, ligeiramente acima das estimativas do banco. A receita líquida totalizou R$ 548,3 milhões, alta de 9,3% em relação ao ano anterior e em linha com as projeções.
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De acordo com Santander, o destaque foi a margem bruta de 41,3%, aumento de 7,97 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e 3,09 pontos acima da estimativa, impulsionada pelo reconhecimento de taxas de desenvolvimento de terrenos em quatro projetos com maior participação de permuta física.
Plano & Plano (PLPL3)
A Plano & Plano apresentou resultados fracos no 3T25, com lucro líquido 6,7% abaixo da estimativa do Santander. O banco explicou que o resultado foi afetado por ajustes não recorrentes na correção monetária de terrenos a pagar (swaps financeiros) em alguns projetos, o que aumentou os custos totais em R$ 25 milhões no trimestre. Com isso, a margem da carteira (ex-Pode Entrar) recuou para 38,7%, queda de 0,3 ponto percentual frente ao 2T25. O Santander manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 19.
Segundo o BBI, os números mais fracos ficaram amplamente em linha com as estimativas, o lucro líquido de R$ 78 milhões no trimestre ficou próximo da projeção de R$ 84 milhões. O banco atribui a queda ao desempenho mais difícil do programa Pode Entrar e a um mix de vendas menos favorável, fatores que, em sua visão, já vinham sendo precificados pelo mercado, dado que as ações subiram 1,5% no mês.
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O Bradesco BBI projeta que vendas mais fortes no quarto trimestre de 2025 e o maior reconhecimento de receita do ciclo de 36 meses, que agora atinge um ponto de estabilização, devem sustentar uma recuperação mais robusta dos resultados operacionais e financeiros.
Em suma, o banco mantém visão positiva sobre a construtora, destacando que PLPL3 segue negociada a múltiplos atrativos, com P/L de 5,5 vezes para 2026, crescimento médio anual (CAGR) de 35% nos lucros entre 2025 e 2027 e dividendos recorrentes de dois dígitos.
LPS Brasil (LPSB3)
No terceiro trimestre, a Lopes Brasil apresentou uma boa expansão do lucro líquido, ficando 45% acima das estimativas do Itaú BBA, impulsionada por custos e despesas menores que o esperado. O banco avalia que a rentabilidade da CrediPronto — joint venture da Lopes com o Itaú — segue elevada, e que a parceria pode se beneficiar do ciclo de cortes de juros, com a redução do custo de captação e possível ampliação dos spreads hipotecários.
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Apesar disso, o Itaú BBA mantém recomendação neutra em relação ao papel, preferindo oportunidades com melhor relação risco-retorno no segmento de média e alta renda (múltiplo P/L caixa ajustado de 6,6 vezes para 2026).
São Carlos (SCAR3)
O Bradesco BBI avaliou que a São Carlos (SCAR3) segue firme na estratégia de reciclagem de portfólio e gestão ativa. A empresa vendeu dois ativos por R$ 15 milhões, manteve dívida líquida de R$ 380 milhões (alavancagem de 12,2%) e fechou 28 novos contratos de locação no trimestre. As vendas do Best Center cresceram 6,2% e os aluguéis de mesmas lojas subiram 8,8%.
O banco destacou o foco da gestão em reduzir vacância e acelerar a desalavancagem, avaliando como positiva e inovadora a venda do Best Center para a TGRU, mas manteve o preço justo em 0,8 vez o P/VPA (preço/valor patrimonial por ação).

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