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De Euronews
Publicado a 22/10/2025 - 7:13 GMT+2 •Últimas notícias 7:55
O antigo primeiro-ministro português, fundador do PSD e do grupo de comunicação Impresa Francisco Pinto Balsemão morreu, esta esta terça-feira, aos 88 anos.
Em comunicado, o grupo informou que Francisco Pinto Balsemão morreu "de causas naturais" e que "os seus últimos momentos foram acompanhados pela família".
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirma que se perdeu uma das principais personalidades do país nos últimos 60 anos e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo vai decretar dia de luto nacional.
Francisco Pinto Balsemão foi primeiro-ministro entre 1981 e 1983, tendo chegado à chefia do governo após a trágica morte do antecessor Sá Carneiro no atentado de Camarate. Os dois homens tinham estado, na sequência da revolução de 1974, na origem da fundação do Partido Social-Democrata, então Partido Popular Democrático (PPD/PSD) e, nos anos finais da ditadura, foram as principais figuras da chamada "Ala Liberal" do Parlamento.
Nascido em 1937 numa família ligada aos jornais, torna-se administrador do extinto Diário Popular, de que o tio era um dos acionistas. Em 1973, fundou o semanário noticioso mais importante do país, o Expresso, verdadeira pedrada no charco num Portugal em que a ditadura vivia os seus momentos finais, e em 1992 esteve na origem da primeira cadeia de televisão privada, a SIC.
Deixando a direção do Expresso em 1979 para se dedicar em exclusivo à política, foi então sucedido pelo atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Na nota de pesar da Presidência, Rebelo de Sousa diz que Balsemão foi "visionário, pioneiro, criativo, determinado, batalhador, democrata, social-democrata, europeísta e atlantista, esteve em quase todos os combates de meados dos anos 1960 até hoje".
Em pleno Conselho Nacional do PSD, o primeiro-ministro Luís Montenegro lembrou o fundador do partido como alguém "sempre presente, até ao fim, com uma palavra amiga, uma palavra de estímulo, uma palavra de análise. Um democrata, um dos fundadores da nossa democracia". Montenegro anunciou que, na reunião do Conselho de Ministros marcada para esta quarta-feira, seria decretado um dia de luto nacional para o dia das cerimónias fúnebres.









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