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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou um investimento de R$ 300 milhões para reduzir o preço da conta de energia elétrica no Pará e ampliar o uso de fontes limpas na Amazônia. O anúncio foi feito durante o III Fórum Esfera, realizado pela primeira vez no Brasil, em Belém, que reuniu autoridades como Celso Sabino, ministro do Turismo, e Vinícius de Carvalho, ministro da Controladoria-Geral da União (CGU).
Segundo Silveira, o plano faz parte de um esforço conjunto entre os governos Federal e Estadual para impulsionar a transição energética sustentável, especialmente na região Norte, onde 211 localidades ainda dependem de termelétricas a óleo.
“Estamos investindo R$ 5 bilhões para hibridizar essas térmicas. Até 2030, 70% da energia gerada será limpa e renovável. As térmicas passarão a atuar apenas para garantir a segurança do sistema”, afirmou o ministro.
O representante da pasta também destacou que o Pará, apesar de ser um dos maiores geradores de energia do país, ainda convive com algumas das tarifas mais altas do Brasil. Para corrigir essa distorção, o governo federal vai usar recursos da taxa de Uso do Bem Público (UBP), paga pelas concessionárias de hidrelétricas à União, para compensar o custo das tarifas no estado.
“Teríamos um aumento no ciclo tarifário de agosto, mas utilizaremos recursos aprovados da UBP para minimizar o impacto da conta de energia no Pará”, explicou Silveira, acrescentando que a medida entra em vigor em agosto de 2026.
O ministro também ressaltou os avanços obtidos com o programa Luz para Todos, que levou energia solar ao Marajó, e defendeu isenção tarifária para famílias ribeirinhas, que enfrentam altos custos apenas para quitar suas contas.
Além dos investimentos diretos, Silveira anunciou a criação da Secretaria Nacional de Eletromobilidade, que vai coordenar as ações voltadas à eletrificação do transporte no país.
“Queremos que o Brasil lidere o processo global de industrialização verde. Quem busca produzir com energia limpa e ajudar o planeta vai investir aqui, porque somos gigantes pela natureza e pela energia renovável que produzimos”, concluiu o ministro.