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Nesta segunda-feira (13/10), chegou ao almoxarifado do Aeroporto Internacional de Guarulhos, São Paulo, a primeira remessa, com 11.978 unidades (6.206 de 100 mg e 5.772 de 160 mg) do medicamento Trastuzumabe Entansina para tratamento do câncer de mama HER2-positivo, uma forma da doença que estimula o crescimento das células tumorais.
Serão quatro lotes do medicamento a serem entregues ainda em dezembro deste ano de 2025, março e junho de 2026. Os insumos irão beneficiar 1.144 pacientes, atendendo a 100% da demanda do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Trastuzumabe EntansinaFoto: João Risi/MS

No Dia das Mães, Hering celebra 30 anos de campanha contra o câncer de mamaReprodução/Hering

Drica Moraes teve câncer de mamaReprodução
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O diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto, afirmou: “É um avanço gigantesco para a oncologia nacional, com o primeiro protocolo clínico voltado a esse tratamento. Trata-se de uma medicação muito esperada pela nossa população, que poderá reduzir em até 50% a mortalidade das pacientes com câncer de mama do tipo HER2 positivo. É uma grande vitória para a saúde pública e para o povo brasileiro”.
O investimento para a saúde pública é de R$ 159,3 milhões, destinados à compra de 34,4 mil frascos-ampola do medicamento, sendo 17,2 mil unidades de 100 mg e 17,2 mil de 160 mg. O Ministério da Saúde negociou a aquisição com um valor cerca de 50% abaixo do praticado no mercado, economizando aproximadamente R$ 165,8 milhões e ampliando o acesso ao tratamento na rede pública. Os preços negociados passaram de R$ 7,2 mil por frasco de 100 mg e R$ 11,6 mil por frasco de 160 mg para R$ 3,5 mil e R$ 5,6 mil, respectivamente.
O Trastuzumabe Entansina é indicado para mulheres que ainda apresentam sinais da doença após a quimioterapia inicial, geralmente em casos de câncer de mama HER2-positivo em estágio III. Além disso, o órgão avança na oferta dos inibidores de ciclinas (abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe), utilizados no tratamento do câncer de mama avançado ou metastático com receptor hormonal positivo e HER2-negativo.
A portaria que autoriza a compra descentralizada desses medicamentos, por meio da Autorização de Procedimento de Alta Complexidade (APAC), será publicada neste mês de conscientização sobre a doença. Esse modelo permite que estados e municípios realizem diretamente a aquisição dos medicamentos, com financiamento federal, otimizando a logística e garantindo que o tratamento chegue com mais celeridade às pacientes atendidas nos serviços especializados.
Recentemente, o Ministério da Saúde anunciou que mulheres a partir dos 40 anos devem realizar a mamografia, disponível no SUS. Ainda neste mês, teve início o trabalho das 28 carretas do programa Agora Tem Especialidade, que levam atendimento ao público feminino em regiões com vazios assistenciais, em 20 estados brasileiros.