Marisa (AMAR3) reverte prejuízo e tem lucro líquido de R$ 5,8 milhões no 3º tri

A varejista Marisa (AMAR3) divulgou seu balanços do terceiro trimestre de 2025 na noite desta sexta-feira (14). A companhia apresentou lucrou de R$ 5,8 milhões no 3º tri, revertendo prejuízo observado do mesmo período de 2024.

A receita líquida trimestral ficou em R$ 322,7 milhões e foi marcada pelo avanço de 46,3% nas vendas em mesmas lojas (SSS, no acrônimo em inglês) da linha infantil. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, no acrônimo em inglês) foi recorde, em R$ 101,9 milhões, alta de 190,6%, com a margem nessa linha aumentando 20,6 pontos percentuais, para 30,6%.

As despesas gerais e administrativas caíram 17,7% no trimestre, como resultado do que o CEO da Marisa, Edson Garcia, considerou “mantra”, em entrevista ao InfoMoney.

“A gente tá muito focado na disciplina da execução. Desenhamos o planejamento estratégico. Então, essa consistência e esse foco na disciplina da execução do plano estratégico que a gente desenhou lá atrás é a mantra pra gente. A gente trabalha isso muito forte, né? E isso tem dado certo”, afirma, sobre o plano estratégico que foi definido para 2025-2027 em sua chegada, ainda em 2024.

Outra métrica festejada pelo executivo é o aumento de 34% em clientes recorrentes (que fazem 5 ou mais compras no ano). A alta é acompanhada de avanço de 11,7% em clientes que nunca tinham comprado na loja antes. Para Garcia, o crescimento demostra melhora de experiência e atratividade.

“A mulher no centro, que é um pilar super importante para nós, é um pilar de pesquisa o tempo todo. A gente fala de estender o tapete vermelho e cuidar dessa cliente como se ela fosse única. Então, fazemos muita pesquisa, muito acompanhamento de plano de ação. A gente faz aqui uma comissão de clientes toda semana, analisando todos os dados que a gente tem”, afirma.

Na frente de cartão de crédito, em parceria com a Credsystem, o avanço foi de 30% nos últimos 12 meses, com 1,1 milhão de cartões na base ativa. O cartão representou 27,4% das vendas realizadas na Marisa e a inadimplência, de acordo com o CEO, segue equilibrada, justamente pela parceria.

“Eles são muito bons nisso. Eles trabalham muito forte com a classe C. Então, quando conhecem os perfis de clientes, são mais conservadores no dar crédito, né? Perfeito. Eu falo que se a gente estivesse com essa torneira mais aberta, a gente tinha feito muito mais cartão”, diz.