Maior companhia aérea da Alemanha eliminará 4 mil empregos até 2030. O motivo? IA

há 4 dias 3
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A Lufthansa, maior companhia aérea da Alemanha, confirmou nesta semana que eliminará 4 mil postos de trabalho até 2030 utilizando inteligência artificial, digitalização e consolidação de processos entre suas subsidiárias. O anúncio foi feito durante apresentação estratégica para investidores e analistas em Munique.

A medida atinge principalmente funções administrativas e não operacionais, com a maior parte das demissões concentrada na Alemanha. Segundo a empresa, a IA será usada para automatizar tarefas repetitivas e eliminar duplicação de trabalho entre as diferentes marcas do grupo.

Grupo concentra cinco grandes companhias aéreas

Lufthansa

O Grupo Lufthansa reúne, além da companhia alemã, outras quatro grandes operadoras europeias: Austrian Airlines, Swiss, Brussels Airlines e ITA Airways — sucessora da italiana Alitalia. Essa estrutura permite a consolidação de processos que hoje são executados de forma redundante em cada subsidiária. “Estamos revisando quais atividades deixarão de ser necessárias no futuro, por exemplo devido à duplicação de trabalho”, afirmou a companhia em comunicado. A empresa prevê que “mudanças profundas provocadas pela digitalização e inteligência artificial” aumentarão a eficiência em todas as áreas de negócio.

Maior renovação de frota da história

Junto aos cortes, a Lufthansa anunciou investimento maciço em modernização. Até 2030, serão incorporados mais de 230 aviões novos, incluindo 100 modelos de longa distância. A estratégia busca equilibrar redução de custos operacionais com expansão de capacidade. A companhia projeta “rentabilidade significativamente maior” a partir de 2030, quando a nova estrutura enxuta e a frota modernizada estarão plenamente operacionais.

Tendência global de substituição por IA

O movimento da Lufthansa se alinha a previsões recentes de especialistas do setor. Sam Altman, CEO da OpenAI, afirmou que profissionais de atendimento ao cliente e funções administrativas serão os primeiros a serem substituídos por sistemas inteligentes.

O Dr. Roman Yampolskiy, pesquisador especializado em segurança de IA, prevê que em cinco anos o mundo enfrentará “níveis de desemprego nunca vistos” devido à automação acelerada. Casos recentes reforçam a tendência. Em agosto, Suumit Shah, CEO da startup Dukaan, demitiu 90% de sua equipe de suporte e a substituiu por chatbots com IA, gerando polêmica internacional sobre o ritmo das mudanças no mercado de trabalho. Com o anúncio da Lufthansa, o debate sobre os impactos sociais da inteligência artificial ganha novo capítulo — desta vez envolvendo uma das maiores empresas de aviação do mundo e milhares de empregos diretos na Europa.

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