Lula promove “disputa”entre maniçobas do Pará e da Bahia

há 8 horas 1
ANUNCIE AQUI

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma brincadeira durante a inauguração da primeira fábrica de automóveis elétricos de uma montadora chinesa em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, nesta quinta-feira (9). No evento, que contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro da Casa Civil, Rui Costa, Lula propôs uma disputa culinária entre Pará e Bahia para decidir qual estado prepara a melhor maniçoba.

Na semana anterior, o presidente esteve em Belém acompanhando as obras para a COP30 e experimentou a maniçoba paraense. Já na Bahia, provou a versão local do prato e lançou o desafio gastronômico: “Vamos ver quem faz a melhor maniçoba, a da Bahia ou a do Pará”.

Hoje o desafio é sério! Dois patrimônios da nossa cultura gastronômica estão em disputa. Qual maniçoba é a melhor do Brasil: a paraense ou a baiana?

Viva a culinária brasileira, rica em sabores e tradições. E aí, de que lado você está? 🇧🇷🍲

🎥 @ricardostuckert pic.twitter.com/RpLpz1VT6a

— Lula (@LulaOficial) October 4, 2025

Maniçoba do Pará: prato tradicional da Amazônia

A maniçoba é considerada um dos principais símbolos da culinária paraense. Feita a partir das folhas da mandioca brava, conhecidas como maniva, o preparo exige cozimento prolongado, que pode durar de cinco a sete dias, para eliminar substâncias tóxicas naturais da planta.

Depois do cozimento, a maniva se transforma em uma pasta escura à qual são adicionadas carnes salgadas e defumadas, como charque, paio, linguiça, toucinho e costelinha. O prato, popularmente chamado de “feijoada paraense”, é tradicionalmente servido com arroz branco e farinha.

A maniçoba é presença garantida nas comemorações do Círio de Nazaré, principal evento religioso do estado, e tem papel de destaque na identidade cultural da Amazônia.

Maniçoba da Bahia: herança afro-indígena

Na Bahia, a maniçoba também é feita com folhas de mandioca brava moídas e cozidas por vários dias, mas com temperos típicos da culinária local, como alho, cebola, pimenta, louro e, em algumas versões, azeite de dendê.

O prato recebe carnes salgadas e defumadas, como charque, linguiça, carne de porco, pé e orelha, e costuma ser servido com arroz, farofa, laranja e pimenta malagueta.

Além de sua importância gastronômica, a maniçoba baiana tem ligação com tradições afro-indígenas e é frequentemente servida em festas religiosas, especialmente nas casas de candomblé do Recôncavo Baiano.

A proposta de Lula, ao colocar Pará e Bahia em disputa, destacou não apenas as diferenças de preparo, mas também o valor cultural que a maniçoba representa nas duas regiões.

Conteúdo relacionado:

Ler artigo completo