Lula anuncia em SP, estado de Tarcísio, novo crédito imobiliário para classe média

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja nesta sexta-feira para São Paulo para anunciar o novo modelo de crédito imobiliário com recursos da poupança. A medida pode significar uma injeção de pelo menos R$ 20 bilhões na economia via crédito, às vésperas da eleição. Lula escolheu anunciar o programa no estado governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), considerado pelo Palácio do Planalto o principal adversário em potencial do petista na disputa presidencial de 2026.

O governo federal e Tarcísio viveram um embate recente em torno da rejeição pela Câmara da Medida Provisória alternativa ao IOF. Ministros como Fernando Haddad (Fazenda) acusaram o governador de articular a derrota, o que foi negado por ele.

Com o programa, o governo vai elevar o valor máximo para o financiamento de imóveis dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que passará a prever um limite para a taxa de juros de 12% ao ano. O limite, que é hoje de R$ 1,5 milhão, pode chegar a R$ 2,25 milhões. O aumento do teto é um pleito do setor da construção para a atualização do valor, que não muda desde 2018. A medida beneficiará especialmente pessoas com faixas de renda de acima de R$ 12 mil, que atualmente não são contempladas com os diferentes níveis do Minha Casa, Minha Vida.

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O modelo foi desenvolvido pelo Banco Central em parceria com o Ministério das Cidades e com o Ministério da Fazenda, além da Caixa. A ideia do BC é alterar a lógica do direcionamento dos recursos da poupança para o crédito imobiliário. Os bancos já vinham pedindo a redução do compulsório desde o ano passado, mas o BC vinha resistindo. A Taxa Selic está em 15% ao ano e é alvo de críticas de ministros do governo Lula.

A ideia do BC é alterar a lógica do direcionamento dos recursos da poupança para o crédito imobiliário. A cada real de financiamento habitacional concedido, o banco destravaria o acesso ao mesmo volume de recursos da poupança para usar livremente por um período de cinco anos.

Passado esse período, teria de conceder novo crédito para renovar a permissão para uso livre. Os técnicos acreditam que a mudança deve incentivar o aumento da oferta de financiamento imobiliário pelos bancos com juros baixos, já que o ganho com operações mais rentáveis poderá ser usado para reduzir as taxas do imobiliário.

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O teste do novo modelo já deve começar a valer imediatamente. Para fazer a mudança, basta uma aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN) e uma resolução do Banco Central. Segundo apurou o GLOBO, está prevista uma reunião extraordinária do CMN para esta semana e os técnicos do BC já trabalham na norma para antecipar os efeitos no compulsório do novo modelo para este ano.

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