Juro longo do Tesouro IPCA+ volta a cair após prévia do PIB mais fraca

As taxas dos títulos do Tesouro Direto abriram com desempenho misto nesta segunda-feira (17), porém revertendo a alta registrada na sexta-feira (14), quando o mercado reagiu à redução das apostas de corte de juros nos Estados Unidos em dezembro. O dado mais fraco de atividade no Brasil, mostrado do no IBC-Br de setembro, voltou a alimentar expectativas de que o Banco Central possa iniciar cortes na Selic no primeiro trimestre de 2026.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo BC nesta manhã, caiu 0,2% em setembro na comparação dessazonalizada, pior do que a projeção de queda de 0,10% na pesquisa da Reuters. O resultado reforçou a percepção de desaceleração da economia e ajudou a puxar para baixo os juros futuros e os rendimentos dos títulos públicos.

Na quarta-feira passada, durante evento em São Paulo, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, disse que os dados mostram que a economia brasileira “está desacelerando, crescendo a taxas menores”, e a política monetária tem tido efeito, “mas de maneira gradual”.

Entre os papéis prefixados, as taxas ficaram praticamente estáveis na abertura. O Tesouro Prefixado 2028 permaneceu em 12,86% ao ano, enquanto o Tesouro Prefixado 2032 oscilou de 13,44% para 13,45%. O título com juros semestrais e vencimento em 2035 passou de 13,61% para 13,62%.

Nos indexados à inflação, o movimento foi mais visível. O Tesouro IPCA+ 2050 recuou de 6,81% para 6,78%. O IPCA + 2029 permaneceu em 7,74%, enquanto o IPCA+ 2040 seguiu em 7,05%. Já o IPCA+ com juros semestrais 2035 caiu de 7,36% para 7,31% na abertura dos negócios.

Confira as taxas dos títulos do Tesouro Direto nesta segunda-feira (17), às 9h31:

Fonte: Tesouro Direto