ANUNCIE AQUI
Itaú ajusta projeções para a economia brasileira. (Imagem: Gadini/pixabay)
O Itaú reduziu a projeção para a inflação brasileira para 2025 de 5% para 4,7%, aproximando-se do teto da meta de 3%, que tem intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Para 2026, a estimativa foi reduzida de 4,4% para 4,3%.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A revisão para este ano incorpora as surpresas das divulgações recentes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principalmente com contribuição da revisão de curto prazo do grupo alimentação.
Segundo o economista-chefe do banco, Mario Mesquita, e sua equipe, os riscos para a inflação estão assimétricos para baixo.
- CONFIRA: Veja os ativos mais recomendados por grandes bancos e descubra como diversificar sua carteira com as escolhas favoritas do mercado; acesse gratuitamente
Os preços de alimentos podem ficar menos pressionados, seja por uma reversão mais lenta do ciclo pecuário ou por preços de itens in natura.
Além disso, uma moeda mais apreciada e a queda do preço do petróleo aumentam a chance de cortes de preços da gasolina nas refinarias.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A projeção do Itaú é de que a taxa de câmbio feche este ano em R$ 5,35 por dólar e o próximo valendo R$ 5,50.
Por outro lado, a menor incidência de chuvas aumenta a chance de acionamento da bandeira tarifária amarela no fim do ano, o que pode elevar os custos de energia elétrica, dizem.
Em relação à projeção para a inflação de 2026, o corte veio após a incorporação de uma inércia menor.
Mesquita e sua equipe afirmam que a apreciação cambial deste ano deve ser repassada com defasagem aos preços de bens industriais, mas a expectativa de uma moeda mais depreciada ao longo de 2026 tende a neutralizar esse efeito, limitando um alívio mais duradouro sobre a inflação.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“O balanço de riscos é simétrico: de um lado, o mercado de trabalho aquecido continua sendo o principal vetor de pressão altista sobre o IPCA; de outro, um câmbio mais apreciado do que o projetado teria efeito baixista sobre a inflação de bens comercializáveis”, afirmam.
E a Selic?
Para a política monetária, o Itaú mantém a expectativa de início do ciclo de afrouxamento em janeiro de 2026, com um primeiro corte de 0,25 ponto percentual, levando a Selic para 12,75% ao longo do ano.
“O modelo do Banco Central deve mostrar inflação mais perto da meta, no horizonte relevante, na reunião de janeiro, permitindo início de uma flexibilização monetária gradual”, afirmam.
O Comitê de Política Monetária (Copom) segue reafirmando o compromisso de manter a taxa de juros em patamar elevado por bastante tempo, a fim de assegurar a convergência da inflação à meta no horizonte relevante.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Os economistas dizem que já é possível observar alguns sinais do impacto da política monetária na economia, mas, diante de dados ainda ambíguos, cautela e perseverança na estratégia de política monetária são fundamentais.
Eles destacam ainda que o câmbio apreciou, ajudado pelo cenário externo, mas também sustentado por um diferencial de juros elevado.
Já o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre e os indicadores de atividade dos três meses seguintes reforçam a leitura de desaceleração gradual da atividade, ainda que sinais permaneçam
divergentes, com mercado de trabalho ainda resiliente.
A inflação corrente, por sua vez, recuou, mas as expectativas medidas pela pesquisa Focus seguem substancialmente acima da meta para diferentes prazos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE