Hugo Motta e líderes ainda trabalham para fechar acordo em relação à votação do IR

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Uma das votações mais importantes para o governo deve acontecer no noite desta quarta-feira (1): a do projeto 1.087/2025, de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. Mesmo assim, no início da tarde, a Câmara estava vazia. Isso porque as negociações costumam acontecer fora do Congresso, e os parlamentares só retornam quando conseguem fechar um acordo que permita colocar o projeto em votação.

Até agora, representantes de vários partidos admitem que só devem se decidir sobre o apoio ao projeto após uma reunião de líderes convocada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), para discutir o projeto, prevista começar às 17h.

Mesmo partidos da base, como o PSB, só vão se posicionar após a reunião de líderes. O projeto tem apoio maior no que diz respeito à isenção. Mas há uma grande divisão nas bancadas em relação a taxação para dividendos acima de R$ 50 mil reais, incluindo lucros remetidos ao exterior. Estes devem ser os pontos que vão gerar mais debates na votação da matéria.

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O projeto é relatado por Arthur Lira (PP-AL) e já recebeu mais de 80 emendas. Além disso, há o outro projeto sobre o mesmo assunto — o PL 1.952/2019, do senador Renan Calheiros (MDB-AL) — aprovado no Senado que poderia ou não ser apensado ao projeto de Lira. A disputa entre os dois não passa apenas pela relatoria do projeto, mas também por disputas estaduais em Alagoas.

A votação também é importante para o presidente da Casa, Hugo Motta, além do próprio governo. Depois do desgaste da anistia, Motta resolveu priorizar nesta semana projetos mais populares como o pacote de segurança pública e garantiu a votação da isenção do IR, medida considerada de forte apelo popular.

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Parlamentares avaliam que Motta busca se consolidar como responsável por entrega de impactos para se contrapor a liderança do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A votação da PEC da Blindagem arranhou a imagem da Câmara e teria aprofundado o distanciamento entre o presidente das duas Casas.

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