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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (10) que o Brasil vive “a maior reforma do sistema de crédito de sua história”. Durante o lançamento do novo modelo de crédito imobiliário, em São Paulo, o ministro defendeu que a iniciativa do Banco Central fecha um ciclo de reformas estruturais iniciado em 2023 e representa um novo paradigma para o financiamento no país.
“Isso aqui é o coroamento. A decisão de ontem sobre o FGTS, a decisão de hoje sobre a poupança — estamos coroando a maior reforma do sistema de crédito brasileiro”, disse Haddad, ao lado do presidente do BC, Gabriel Galípolo, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Do Desenrola ao novo crédito imobiliário
O ministro afirmou que o novo modelo de crédito imobiliário é mais do que uma resposta a pressões do setor da construção civil e dos bancos por liberação de compulsórios. Segundo ele, trata-se de uma mudança estrutural no financiamento habitacional, que canaliza recursos mais baratos da economia para a produção e garante sustentabilidade no longo prazo.
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“Poderíamos atender o apelo do setor financeiro e liberar o compulsório. Mas o que está sendo feito é muito melhor. O Banco Central apresentou um modelo estrutural de mudança do financiamento, que vai canalizar o dinheiro mais barato da economia brasileira para a construção civil”, afirmou.
Haddad destacou que o ano de 2026 servirá como fase de testes do novo sistema, com recursos “novos” e revisões periódicas dos parâmetros.
“Teremos um ano de experimentação para tomar a melhor decisão possível. Esse modelo traz todas as salvaguardas necessárias para termos um financiamento sustentável e seguro do ponto de vista do sistema financeiro”, disse.
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O ministro classificou o conjunto de medidas adotadas desde o início do governo Lula como um redesenho completo do sistema de crédito brasileiro.
“Em três anos, fizemos dez inovações. O Desenrola, o marco das garantias, o microcrédito, o novo FGTS e agora o modelo da poupança: estamos promovendo a maior transformação estrutural do crédito no país”, afirmou.
Estabilidade
Haddad destacou que o novo modelo de crédito é resultado de coordenação entre Fazenda, Planejamento e Banco Central, e não uma medida isolada.
“É um modelo que garante sustentabilidade e segurança para os financiamentos. Muito mais do que liberar 10% ou 20% do compulsório, é uma solução de longo prazo que dá previsibilidade ao crédito”, disse.
Ele acrescentou que a regulação do Fundo de Garantia do Crédito Consignado, aprovada pelo Conselho Curador do FGTS, complementa a estratégia ao proteger o trabalhador e ampliar o acesso à casa própria, reduzindo o déficit habitacional.
“Foi uma das maiores injustiças contra o trabalhador permitir antecipar 30 anos de saque-aniversário. O ministro Luiz Marinho corrigiu isso e, ao mesmo tempo, liberou mais recursos para habitação. É uma dupla vitória”, afirmou.
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“Caminho para o investimento”
Haddad encerrou citando reformas microeconômicas em andamento, como as da economia verde, digital e do setor de seguros, que, segundo ele, estão criando um ambiente mais favorável para o investimento estrangeiro.
“Hoje temos uma fila de investidores procurando o governo para investir na economia digital. Estamos abrindo uma nova fase de oportunidades para o Brasil. Quem tenta sabotar o país está equivocado: não se ganha eleição impedindo o governo de fazer o bem”, concluiu.