Há muita demanda para IoT via satélites no Brasil, afirma Viasat

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Congresso Latinoamericano de Satélites 2025 (Foto: Rudy Trindade/Themapres)

O atendimento do mercado brasileiro de Internet das Coisas (IoT) diretamente a partir de satélites é encarado como uma grande oportunidade para empresas que apostam na tecnologia direct-to-device (D2D) – como a operadora Viasat e a fornecedora de chipsets Qualcomm.

"Há muita demanda para o mercado de IoT no Brasil. Há muitos buracos de cobertura, e só 18% do solo tem sinal de celular", pontuou Kevin Cohen, diretor comercial da iniciativa D2D da Viasat. Ele participou nesta quarta-feira, 8, do Congresso Latinoamericano de Satélites, promovido pela Glasberg Comunicações e por TELETIME no Rio de Janeiro.

A operadora de satélites já tem atuado no segmento, amparada por ativos comprados da Inmarsat e por parceria com a Skylo que habilita cobertura para IoT, inclusive no Brasil. A estratégia da Viasat vai se aprofundar com o plano para uma constelação de baixa órbita (LEO) baseada em 5G NR, ao lado da Space42 (antiga Yahsat) e prevista para 2028-29.

Com a padronização, Cohen avalia que existirá espaço para vários players no mercado D2D (apesar da crescente ocupação da órbita surgir como um desafio). "Há muita demanda e requerimentos de capacidades diferentes. Cada um poderá focar em um nicho", sinalizou.

A constelação LEO da empresa, contudo, poderá atender outros usos além do IoT, como serviços de emergência, marítimos e para aviação civil. A oportunidade de alcançar o consumidor final também está nos planos, como forma de complementar a rede terrestre, apontou a Viasat.

Qualcomm

"Há possibilidade de conectar muita coisa que está fora da cobertura terrestre. Em alguns casos as operadoras [móveis] vão chegar, mas em outros não será viável. Tem utility que diz que só 40% da infraestrutura dela é coberta", observou Leonardo Finizola, diretor de produtos sênior para IoT da Qualcomm na América Latina, durante o mesmo debate.

Dessa forma, a fabricantes de chips tem acompanhado de perto o desenvolvimento do segmento D2D, considerado capaz de estender as possibilidades no mercado brasileiro e latino-americano.

"O IoT NTN, por ser padronizado, é uma grande oportunidade de negócios e estamos animados com as perspectivas", aponta a Qualcomm, que já tem share relevante no mercado de chips para Internet das Coisas.

No futuro, a Qualcomm projeta um cenário onde todos players de satélites sejam compatíveis com a tecnologia padronizada. Já a respeito de casos de uso, Finizola indica potencial em campos como a digitalização de medidores de utilities (algo que já tem sido trabalhado pelo governo) e rastreamento de gado na pecuária, por exemplo.

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