Grécia apoia Portugal no Conselho de Segurança da ONU

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De&nbspGeorgios Aivaliotis&nbsp&&nbspEuronews&nbspcom&nbspΑΠΕ-ΜΠΕ

Publicado a 03/11/2025 - 18:47 GMT+1

As relações bilaterais, os valores comuns que unem os dois países, a cooperação futura e o desenvolvimento do sul da Europa foram os temas discutidos durante a reunião entre o ministro dos Negócios Estrangeiros grego, Georgios Gerapetritis, e o homólogo português, Paulo Rangel.

Gerapetritis elogiou os "fortes laços de amizade entre os dois países" e afirmou que existem muitos elementos comuns entre a Grécia e Portugal, tais como o empenhamento na resolução pacífica de litígios e a convergência na abordagem das questões de segurança na região alargada. O chefe da diplomacia grega sublinhou que ambos os países atribuem especial importância à segurança marítima e à liberdade de navegação, bem como ao respeito pelo direito do mar. Afirmou ainda que existe um entendimento comum sobre questões relacionadas com guerras e crises como as que se desenrolam na Ucrânia, no Médio Oriente e em África. Referiu-se também à evolução da situação em Gaza, sublinhando a posição comum dos dois países relativamente ao pedido de assistência e à necessidade de todos trabalharem para manter o cessar-fogo.

Numa altura de crescente instabilidade geopolítica a nível mundial, os dois países estão de acordo sobre a questão do futuro da Europa e da sua autonomia, que fará dela uma união geopolítica forte, ainda segundo o MNE grego.

Os dois países debateram formas de aprofundar a cooperação bilateral, concordaram com a necessidade de reforçar esta cooperação e abordaram questões relacionadas com a proteção civil e a migração.

"Aguardamos com expetativa o Pacto Europeu sobre Migração, para que haja uma distribuição justa dos encargos entre os países da UE", afirmou Gerapetritis, acrescentando que a Grécia e Portugal trabalharão em conjunto com países terceiros para reduzir os fluxos migratórios.

Por último, descreveu Portugal como o sucessor natural da Grécia no Conselho de Segurança da ONU, afirmando que a Grécia apoiará a sua candidatura.

Portugal e Grécia, um percurso semelhante

Gerapetritis frisou ainda os vários pontos em comum entre a Grécia e Portugal, afirmando que ambos os países saíram de regimes totalitários na década de 1970, aderiram à UE na década de 1980 e ambos passaram por uma crise económica. Citou ainda o Prémio Nobel português José Saramago, afirmando que "criar é muito mais emocionante do que destruir".

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, começou a sua intervenção falando em grego, agradecendo ao primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis e a Gerapetritis pelo encontro que tiveram.

"Partilhamos a mesma visão e temos a mesma visão do mundo", disse, elogiando a cooperação entre os dois países e a sua participação em organizações internacionais. "São ambos países pequenos/médios da UE, mas têm uma enorme rede de ligações a nível mundial, uma vez que têm uma grande diáspora. É difícil melhorar ainda mais as relações bilaterais, porque atualmente são muito boas", afirmou, referindo a melhoria das ligações aéreas nos últimos anos.

Referiu ainda que os dois países são portas de entrada para a UE e que a migração é um enorme desafio para os países europeus. Precisamos de mão-de-obra nos nossos países", afirmou, referindo que "somos contra a exploração de pessoas e a imigração ilegal, não contra a imigração".

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