Gabriel Medina surfa onda ancestral na Amazônia e no Peru; confira bastidores inéditos

há 1 semana 3
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Gabriel Medina

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Foto: Loiro Cunha / Velvet

A Sumaúma, árvore-mãe da Amazônia, pode medir 70 metros de altura e chegar a 120 anos. Mas sua imponência não é apenas visível a olho nu: segundo crenças ancestrais, ela abriga um portal invisível de comunicação com o universo espiritual. Foi sobre as raízes gigantes de uma delas, em Arari, perto do rio Mearim, no Maranhão, que Gabriel Medina e eu começamos a nos fazer alguns questionamentos: “Quem será que surfou a primeira onda da história? Como tudo começou?”.

Estávamos na Amazônia para uma sessão de fotos — seria a primeira vez que ele surfaria uma pororoca e eu faria os registros desse momento. Antes, queríamos nos conectar com o local. Entender a vivência no rio, no meio da floresta, ampliou essa curiosidade de mergulhar a fundo nas origens do esporte que é sua razão de viver.

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A conexão ancestral estava feita. Dias depois, Medina decidiu ir ao Peru surfar em Pacasmayo, um dos locais onde, acredita-se, começou o surfe. E me convidou para ir junto. Aceitei na hora, claro.

É uma praia extensa, tomada de pedras e areia, com montanhas ao fundo. O deserto compõe uma paisagem única diante do Pacífico. Ali ele foi convidado pelos locais a surfar em um caballito de totora, embarcação usada pelos pescadores feita com plantas aquáticas entrelaçadas. Testemunhar um dos maiores atletas do mundo caminhando ao mar com a primeira prancha já usada foi muito emocionante.

Clicar esses momentos históricos, com a moldura das paisagens amazônica e peruana, foi um privilégio que você pode conferir nas fotos abaixo.

Foi uma experiência mágica, que me fez sentir parte do mundo, mas, ao mesmo tempo, perceber como sou apenas mais um elemento dentro desse todo.

Gabriel Medina

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Foto: Loiro Cunha / Velvet

A Sumaúma, a árvore-mãe, é gigantesca, viva, tem uma energia surreal. Ali, senti que estava no coração do mundo.

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Foto: Loiro Cunha / Velvet

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Foto: Loiro Cunha / Velvet

Agora faz todo sentido: eles usavam os Caballitos para pescar e, ao pegar as ondas para voltar, acabaram descobrindo o surfe. É uma prancha diferente, mas muito funcional. A forma como essa estrutura é construída faz com que seja fácil varar a arrebentação. Os peruanos consideram que o surfe nasceu lá. Conhecer essa cultura, entender melhor a origem do esporte que eu mais amo, foi algo incrível.

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Foto: Loiro Cunha / Velvet

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Foto: Loiro Cunha / Velvet

Caballitos de totora são embarcações usadas por pescadores no Peru há mais de 3 mil anos — há até registros arqueológicos encontrados em fragmentos de cerâmica. Seu nome vem da maneira como são montadas: com totora, a mesma cana usada pelo povo Uru no Lago Titicaca. Os pescadores as utilizam até hoje para transportar redes e coletar peixes em sua cavidade interna. Para voltar à costa, usam as ondas, o que pode ter sido uma das primeiras formas de surfar.

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Foto: Loiro Cunha / Velvet

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