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O mercado de patrocínios no futebol brasileiro mudou de patamar nos últimos anos. A entrada das casas de apostas transformou a receita dos clubes e movimentou cifras inéditas no esporte.
Em entrevista ao CNN Esportes S/A deste domingo (28), o CEO da Wolff Sports & Marketing, Fábio Wolff, explicou o impacto no mercado e respondeu se é possível os clubes mirarem ainda mais alto.
De acordo com Wolff, o salto financeiro impressiona: "Essa é a realidade, (...) os números cresceram absurdamente."
Apesar desse avanço, o especialista entende que o setor já atingiu um teto.
Eu acredito que os contratos chegaram num limite, porque são raras as exceções dos clubes que vislumbram no parceiro um parceiro de negócio.
A visão dos clubes, de acordo com o CEO, será determinante para a continuidade do crescimento.
Segundo Wolff, esse cenário tem explicação no aumento expressivo dos contratos de patrocínio nos últimos anos.
Para ele, a mudança de patamar aconteceu em pouco tempo, com valores que cresceram de forma acelerada.
Desde 2018, quando foi possível, o investimento das casas de aposta vem crescendo como uma plataforma de foguete. Então, contratos que saíram de patrocínio master de 2 milhões para 6 milhões, depois para 19 milhões e hoje estão em 36 milhões.
Potencial a explorar
De acordo com o especialista, os clubes ainda não exploram totalmente o potencial que têm junto ao torcedor.
Para ele, o futuro depende de uma profissionalização maior da gestão esportiva.
"Precisa mudar a mentalidade. Os clubes precisam se tornar mais profissionais", afirmou.
A ideia é que, ao invés de apenas entregar visibilidade, eles passem a atrair os fãs diretamente para os negócios dos patrocinadores, sejam bancos digitais, casas de apostas ou empresas de mídia.
Nessa lógica, o clube deixa de ser apenas um veículo de exposição e passa a atuar como gerador de negócios. Isso significa que, além da visibilidade diária que o futebol já garante, os contratos podem incluir participação nos resultados obtidos.
Assim, o valor recebido deixaria de se limitar a uma quantia fixa e passaria a contar também com bônus variáveis ligados ao desempenho da parceria.
Wolff avalia que, no dia em que os clubes entenderem e aplicarem esse modelo, os números atuais de patrocínio serão considerados pequenos.
O dia em que os clubes entenderem o poder que têm, esses valores serão baixos.
CNN Esportes S/A
Com Fábio Wolff, CEO da Wolff Sports & Marketing, o CNN Esportes S/A chega à 110ª edição. Apresentado por João Vitor Xavier, o programa aborda os bastidores de um mercado que movimenta bilhões e é um dos mais lucrativos do mundo: o esporte.
Em pauta, os assuntos mais quentes da indústria do mundo da bola, na perspectiva de economia e negócios.