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O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), reafirmou nesta segunda-feira (6) apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em meio à pressão do PP para deixar o governo.
Durante evento em Imperatriz (MA), o ministro participou ao lado do petista da entrega de 2.837 unidades do Minha Casa, Minha Vida e da assinatura da ordem de serviço para a construção de uma Arena Brasil, obra prevista no Novo PAC Seleções.
“Eu tô com Lula. O Lula do Bolsa Família, o Lula do Vale Gás, o Lula do Mais Médicos, o Lula do Fies, o Lula do Prouni. O Lula que falou em alto e bom som para os Estados Unidos: respeite o nosso Brasil”, declarou Fufuca, sob aplausos do público.
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Sinal de resistência
O gesto público foi interpretado como um recado direto à cúpula do PP, que havia dado prazo até domingo (5) para que o ministro deixasse o cargo.
Apesar da pressão, Fufuca não sinalizou intenção de sair do governo e tem dito a interlocutores que pretende permanecer no ministério.
Em tom simbólico, o ministro admitiu “erro” político em 2022, quando apoiou Jair Bolsonaro (PL), e disse que nas próximas eleições estará ao lado de Lula:
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“Em 2022 eu cometi um erro, mas agora, em 2026, pode ser que meu corpo esteja amarrado, mas a minha alma, o meu coração e a minha força de vontade estarão livres para brigar e ajudar Luiz Inácio Lula da Silva a ser presidente do Brasil.”
A direção nacional do PP, comandada pelo senador Ciro Nogueira (PI), deve seguir com o processo de expulsão do ministro. Líderes da legenda, no entanto, que dizem que pode haver uma saída negociada, que evite um rompimento formal e preserve o espaço do partido no governo.
Efeito dominó no Centrão
A crise de Fufuca ocorre em paralelo à situação de Celso Sabino (União Brasil-PA), ministro do Turismo, que também resiste à ordem de deixar o governo. Sabino chegou a apresentar uma carta de demissão no fim de setembro, mas decidiu ficar a pedido de Lula.
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Na semana passada, afirmou que apoiará o presidente “onde quer que esteja” e continua no cargo.
O União Brasil abriu dois processos internos contra Sabino — um para expulsá-lo e outro para destituir o diretório estadual do Pará, presidido por ele. A medida ameaça seu plano de disputar o Senado em 2026.
Assim como Sabino, Fufuca também arrisca perder o comando do diretório estadual do PP no Maranhão. Dirigentes da legenda afirmam que a direção nacional pode intervir e nomear um novo comando local.