Ex-São Paulo chama Ceni de 'chato para c*' como técnico e diz que ser banco em final perdida o fez parar: 'Marquei Messi e CR7...'

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ESPN.com.br

15 de nov, 2025, 13:46

Com passagem pela seleção brasileira e carreira marcante por clubes como Atlético de Madrid e São Paulo, o ex-zagueiro Miranda contou ao “Charla Podcast” como era a relação com Rogerio Ceni na reta final de sua carreira, entre 2021 e 2022, em sua última passagem pelo Tricolor do Morumbi.

Durante a entrevista, Miranda apontou as diferenças de Ceni como goleiro e como treinador e fez duras críticas ao comportamento do antigo companheiro para com o restante do elenco.

“Ele é mais chato de técnico. De técnico ele era chato para c***. Como treinador ele vinha com mais autonomia, ele quem mandava, era chato para c***. É um cara vencedor, que quer ganhar sempre, só pensava na vitória, não relaxava nunca. O jogador quer relaxar depois do treino e ele só queria pensar no jogo”, iniciou Miranda.

“Pegar o Ceni de treinador no São Paulo é complicado demais. Tem muita moral e ele quer ganhar do jeito dele. Ganhou tudo como jogador e quis deixar a marca dele como treinador. Por ser jovem, ele teve muitos erros nesse aspecto. Ele não teve essa calma para isso”, criticou.

Miranda detalhou ainda como não engoliu muito bem o fato de ter sido colocado como reserva na grande final da CONMEBOL Sul-Americana de 2022, contra o Independiente Del Valle.

“Eu estava no banco e quando vimos aquilo lá...eu só pensava se íamos ser campeões com o expressinho, com o time misto. No banco tinha eu, Reinaldo, Rafinha, Arboleda. Eu brincava e ele ficava mais p... ainda, ele quem deixou a gente no banco”.

“O atacante que estava meio machucado acabou com o jogo (Lautaro Diaz, hoje no Santos). E eu só pensando: ‘Não é possível, eu marquei o Messi, o Cristiano Ronaldo, vendo aquele cara acabar com o jogo. Não é possível isso não’”, disse Miranda, que concluiu naquele momento que deveria colocar um ponto final em sua carreira.

“Jogaram Léo Pelé e Diego Costa. Em um momento de final eu poderia contar muito. E ali foi um dos pontos que eu pensei que estava na hora de parar. Não podia ficar fora de uma final daquela. Foi o ano que eu decidi. Passar raiva, olhar essas situações, era melhor parar mesmo”, finalizou.

Nota da redação

Diferentemente do que afirmou Miranda, o lateral-esquerdo Reinaldo, atualmente no Mirassol, foi titular naquela final da Sul-Americana, enquanto Arboleda recuperava-se após ter rompido os ligamentos do tornozelo esquerdo e sequer foi relacionado para àquela decisão.