ANUNCIE AQUI
O prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano, que conquistou a Prefeitura com 92.073 votos, o equivalente a 58,52% dos votos válidos, acaba de dar mais um passo estratégico que pode consolidar ainda mais sua liderança política no município.
A recente nomeação do ex-vereador Miquinha para a Ouvidoria Municipal tem movimentado os bastidores e começa a repercutir de forma positiva tanto dentro da gestão quanto nas comunidades, especialmente nas zonas rurais.
Com uma trajetória conhecida na política local, Miquinha é visto como um nome de forte articulação popular, especialmente em regiões onde a presença do poder público historicamente foi mais tímida. Sua entrada na Ouvidoria tradicionalmente um setor administrativo de pouco protagonismo nas prefeituras parece inaugurar uma nova fase: a de uma escuta mais ativa, capilarizada e com potencial de impacto direto nas decisões da gestão.
Desde que assumiu o cargo, o ex-vereador tem conduzido uma série de reuniões com lideranças comunitárias, ouvindo demandas e se colocando como elo direto entre a população e o governo. Essa movimentação, embora ainda inicial, tem sido interpretada como um acerto político de Aurélio Goiano, que demonstra disposição em ampliar a governabilidade por meio do diálogo com diferentes setores da sociedade inclusive com figuras que, em outro cenário, poderiam atuar como oposição.
Ao contrário de outros nomes do cenário local que optaram por manter uma postura crítica, muitas vezes sem apresentar propostas, Miquinha se posiciona como um aliado construtivo. A escolha de caminhar junto à gestão, buscando resolver problemas e apresentar soluções a partir das bases, reforça uma lógica de cooperação política, algo nem sempre comum em administrações municipais, onde o embate costuma prevalecer sobre o consenso.
Com essa nomeação, Aurélio Goiano amplia sua rede de apoio político e social em um momento em que a população está cada vez mais exigente quanto à efetividade dos serviços públicos e à capacidade de resposta do governo.
Se a Ouvidoria, sob nova condução, conseguir transformar as demandas ouvidas em políticas concretas, pode se tornar uma peça-chave dentro da estrutura administrativa, deixando de ser apenas um canal protocolar.
Em termos de capital político, a movimentação se revela inteligente. Miquinha tem histórico de votos e respeito entre setores que Goiano precisa manter próximos, principalmente em áreas afastadas do centro urbano. A estratégia, portanto, não é apenas administrativa, mas também eleitoral, mirando a manutenção da base e a construção de um discurso de governo participativo.
Resta saber se essa aproximação entre escuta e ação será mantida a longo prazo. O desafio da gestão será transformar esse novo ritmo da Ouvidoria em entregas reais. Caso consiga, o governo de Aurélio Goiano poderá não apenas reforçar sua imagem de proximidade com o povo, mas também consolidar um modelo de gestão com participação direta algo ainda raro nas administrações locais.